segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Descentralizar e as novas Centralidades.

Ao meu ver apostar na descentralização do ócio, é uma forma de criar novos polos de entretenimento nas cidades, uma forma salutar de inserir pessoas, projetos, abrir frentes de trabalho e gerar renda aos bairros, associadas a melhora da qualidade de vida da população.

O espaço geográfico é (...) um produto social em permanente processo de transformação. 
O espaço impõe sua própria realidade; por isso a sociedade não pode operar fora dele. Consequentemente, para estudar o espaço, cumpre apreender sua relação com a sociedade, pois é esta que dita a compreensão dos efeitos dos processos (tempo e mudança) e especifica as noções de forma, função e estrutura, elementos fundamentais para a nossa compreensão da produção do espaço (SANTOS, 1985, p. 49).

Em dez anos as cidades brasileiras incharam, mas continuam mantendo seus tradicionais espaços de ócio, o que vem a ser muito negativo. 
Quero citar três exemplos, na cidade do Salvador, que estão diretamente ligados a Gastronomia, muito ilustrativos do sucesso desta nova forma de pensar os espaços nas cidades.
Em decorrência da expansão urbana e a introdução do ritmo da cidade
industrial, com pouco tempo livre para se socializar e descansar, as pessoas buscam naturalmente locais onde existem maiores opções, o que se por um lado é comodo, podem gerar uma serie de inconvenientes como especulação imobiliária, excesso de publico, os tradicionais engarrafamentos e a alta de preços do ócio, gerando assim um stress desnecessário. Faz parte do trabalho dos gestores das cidades, mas principalmente do consumidor, promover esta descentralização

O Mercado Iaô 
localizado na área externa da antiga Fábrica de Linhos Nossa Senhora de Fátima, no bairro da Ribeira, bairro popular da cidade do Salvador. 

A ideia é que o Mercado Iaô impulsione a captação de recursos para a reforma do casarão propriamente dito, cedido pelo Governo do Estado para a Fábrica, e este venha a se tornar um centro de referência em cultura para a cidade, propondo um novo olhar sobre a Cidade Baixa.
O Mercado é um espaço plural que servirá ao encontro das diversas expressões culturais baianas.
O Mercado Iaô é um projeto da Organização Social Fábrica Cultural, que há 10 anos atua na Península de Itapagipe, e tem como presidente a cantora Margareth Menezes.

A Feira
Pilotado pela agitadora cultural Carla, tem uma característica fantástica, a itinerância, ela formulou seu evento de forma tal, que os Chefs circulem à cidade, indo a cada semana por diversos bairros, sem hierarquia.
A Feira torno-se um sucesso na cidade, e com certeza é uma das melhores opções para que deseja comer e se divertir no espaço publico.



















Abrindo espaço nos bairros periféricos.

Situado num bairro popular o Restaurante Paraíso Tropical, do Chef Beto Pimentel, funciona há anos em uma casa rústica na segunda travessa à esquerda do Resgate, no Cabula, um bairro de classe media baixa, que sofre a desigualdade social é fator que marca o cenário urbano.

Paraíso Tropical
Rua Edgar Loureiro, 98-B, Resgate - Cabula - Salvador 
Telefone:(71) - 3384-7464
E-mail: chefbetopimentel@hotmail.com

Outro exemplo importante, é o Projeto Ajeum da Diáspora, localizado no bairro de Tororó, um bairro bem tradicional da cidade, que tem na sua concepção a valorização da alimentação nos bairros populares, promovendo semanalmente um encontro com a comunidade, lugares onde historicamente se pode comer muito bem a preços módicos.



Ajeum da Diáspora
Endereço: Rua Amparo do Tororó, 157. 
Bairro: Tororó
Telefone: Contatos: 8806-8354 / 9110-0479 / 9160-8933







Outro bom restaurante soube claramente aproveitar sua localização, num dos bairros mais populosos da cidade Brotas, no Acupe, foi um Restaurante de carnes argentinas, a la Parrilla, o La Pulperia, onde o proprietário soube aproveitar ao mixamo, a geografia do local.


La Pulperia
Rua Novo Horizonte, nº 39, Ladeira do Acupe, Brotas – Salvador/BA
Telefone: (71) 3015-7379

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