De tantas as contribuições da cozinha negra brasileira, este docinho, faz jus a grandeza do seu nome.
Benta Maria da Conceição Torres, conhecida como Mãe Benta era uma mulher negra, quituteira de primeira. Doceira lendária, inventou a receita de bolinhos feitos com ovos e açúcar que imortalizou seu nome como parte da culinária típica brasileira. Viveu no Rio de Janeiro no início do século 19 e era mãe do cônego Geraldo Leite Bastos.
Durante o período regencial, o padre Feijó costumava frequentar a casa de Mãe Benta para conversar com o amigo Geraldo e saborear os quitutes preparados pela doceira.
Muitos procuraram imitar os bolinhos de Mãe Benta, mas as religiosas do Convento da Ajuda, no Rio de Janeiro, guardavam a sete chaves o segredo da receita.
Muitas casas guardavam forminhas próprias para levar ao forno o saboroso quitute. Donas de casa até escreviam livros de receitas dessa delícia, de pastéis de Santa Clara, canudos desfolhados, babas de moça, empadas de palmito e camarão, bons-bocados e outras guloseimas de virar os olhos.
Se você um dia deliciar-se com um bolo de Mãe Benta, há de se lembrar da mulher honesta e amante do trabalho que, com o produto de suas mãos, soube educar os filhos como perfeitos homens de bem.
Mãe Benta
250g de farinha de arroz (também encontrada como Creme de Arroz)
2 xícaras de açúcar
1 xícara de manteiga
6 ovos, sendo 5 sem as claras
1 batata média cozida
Modo de Preparo:
Bate-se a clara, junta-se as gemas e vai-se deitando o açúcar, depois a manteiga e por último a farinha de arroz misturada com a batata. No final, bate-se e mistura à massa: 2 colheres de água de flor (de laranjeira) com 2 de água fria e 1/2 coco ralado. Vai ao forno quente em forminhas untadas com manteiga e forradas com papel (usei forminhas de papel que coloquei dentro de formas de metal para ir ao forno). A massa pode ser colocada até 3/4 da capacidade das forminhas
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