quarta-feira, 3 de junho de 2015

Doçaria Goiana-Rosas de Coco


“Na cozinha enorme não faltava fogo na fornalha, nem panela cozinhando. O forno ali estava, sempre provido de lenha para assados e merengues, roscas e biscoitos, e mulheres para tudo isso.(do conto As capas do Diabo de Cora Coralina).


Os primeiros registros da tradicional arte feminina goiana de produzir doces data a primeira metade do século XIX, através dos relatos dos viajantes europeus. 
Cora Coralina, além de grande poetisa, era doceira de mãos cheias e soube muito bem dizer sobre a tradicional culinária goiana. Limõezinhos-galegos recheados com doce de leite, os doces de figo e de mamão maduro, passas de caju, compotas são algumas das maravilhas produzidas na cidade. 
E não há, em Goiás, festa sem as flores de coco, um delicado doce feito com fitas da fruta moldadas em formato de rosa.

Mas foi principalmente Cora Coralina, poetisa e escritora de Goiás, quem nos contou a história das mulheres e a produção de doces no Estado.


Cora Coralina descrevia desde suas memórias de infância até o momento atual para dar visibilidade às mulheres, em seus inúmeros papéis: donas de casa, doceiras, lavadeiras, etc, todas ligadas por um fio, à luta pela sobrevivência. As pessoas compravam doces e ouviam poemas; o momento era ritualizado por ela, transformando-o em uma experiência.

Um dos tradicionais doces do Estado é a Flor de Coco, criado em 1940 por Alice Velasco. Ele voltou a ser produzido, fiel a receita original e retrata a cultura e a história da região.

Artesanalmente, ele é feito por mulheres que continuam contando suas histórias e lutando por sua sobrevivência e a GSE homenageou todas as mulheres guerreiras do nosso país distribuindo esses doces na inauguração de sua fábrica.

O doce Flor de Coco foi criado por Alice Velasco na década de 1940 na Cidade de Goiás hoje é encontrado na Dona Doceira e em muitas cassa de família da Goias velha.

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