“Na cozinha enorme não faltava fogo na fornalha, nem panela cozinhando. O forno ali estava, sempre provido de lenha para assados e merengues, roscas e biscoitos, e mulheres para tudo isso.” (do conto As capas do Diabo de Cora Coralina).
Os primeiros registros da tradicional arte feminina goiana de produzir doces data a primeira metade do século XIX, através dos relatos dos viajantes europeus.
Cora Coralina, além de grande poetisa, era doceira de mãos cheias e soube muito bem dizer sobre a tradicional culinária goiana. Limõezinhos-galegos recheados com doce de leite, os doces de figo e de mamão maduro, passas de caju, compotas são algumas das maravilhas produzidas na cidade.
E não há, em Goiás, festa sem as flores de coco, um delicado doce feito com fitas da fruta moldadas em formato de rosa.
Cora Coralina descrevia desde suas memórias de infância até o momento atual para dar visibilidade às mulheres, em seus inúmeros papéis: donas de casa, doceiras, lavadeiras, etc, todas ligadas por um fio, à luta pela sobrevivência. As pessoas compravam doces e ouviam poemas; o momento era ritualizado por ela, transformando-o em uma experiência.
Um dos tradicionais doces do Estado é a Flor de Coco, criado em 1940 por Alice Velasco. Ele voltou a ser produzido, fiel a receita original e retrata a cultura e a história da região.
Artesanalmente, ele é feito por mulheres que continuam contando suas histórias e lutando por sua sobrevivência e a GSE homenageou todas as mulheres guerreiras do nosso país distribuindo esses doces na inauguração de sua fábrica.
O doce Flor de Coco foi criado por Alice Velasco na década de 1940 na Cidade de Goiás hoje é encontrado na Dona Doceira e em muitas cassa de família da Goias velha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário