É nos pequenos gestos do cotidiano que os europeus revelam de forma
mais clara sua consciência ecológica.
Colheres, facas, garfos, pratos… Artigos descartáveis,
em breve, não terão mais vez na mesa dos franceses.
É que o parlamento
do país aprovou lei que proíbe a venda desses produtos, responsáveis
pela geração de toneladas de lixo todos os anos.
A medida faz parte do Programa de Transição Energética
da França e deve começar a valer a partir de janeiro de 2020.
A maioria
da população, no entanto, não curtiu nem um pouco a ideia.
A intenção inicial da bancada ambientalista, que propôs a medida, era
emplacar a lei já em 2017, mas a resistência da população – e, também, de muitos políticos – adiou a mudança em mais três anos.
Impulsionados por uma lei que
ninguém contesta, os franceses estão abolindo o uso de sacolas plásticas
descartáveis em ritmo acelerado. Até 2010, o país extinguirá o uso dos
sacos descartáveis.
Em cidades como Paris, uma metrópole de 1,8 milhão de habitantes,
congestionamentos de carrinhos de feira colorem as calçadas nas
imediações dos supermercados. Eles são a escolha mais adotada pelos
consumidores para substituir o uso de sacolas.
Nos últimos cinco anos, o consumo de sacos plásticos na França caiu
de 10,5 bilhões de unidades em 2002 para 5,9 bilhões três anos mais
tarde.
Na rede Champion (grupo Carrefour),
50% dos supermercados já acabaram com a regalia ecologicamente
incorreta. Em toda a rede, a redução do uso foi de 70%. No grupo Auchan,
116 das 117 lojas extinguiram o saco. De 1,3 bilhão de unidades
distribuídas em 2003, passaram a ser gastas 40 milhões em 2007. Para o
próximo ano, a meta é a extinção.
O resultado foi obtido pela conjunção do poder de comunicação das
grandes redes somado ao auxílio de ONGs ambientalistas, como a WWF, que emprestaram sua credibilidade a campanhas de conscientização.
A estratégia foi estimular a substituição dos sacos descartáveis por sacolas duráveis ou por carrinhos de feira.
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