A ministra da Ecologia francesa, iniciou uma batalha contra um dos maiores símbolos gastronômicos da Itália no mundo: a marca de creme de avelãs Nutella.
Em uma entrevista ao "Canal+", ela convidou os
telespectadores a não consumirem mais o produto para "salvar o planeta". Um dos ingredientes da pasta é o azeite de dendê, cuja exploração, segundo a ministra, é uma das causas do desmatamento, que, por sua vez, tem como consequência o aquecimento global.
Ségolène Royal, pediu que os franceses deixem de comprar o creme de avelã por conter óleo de palma, o azeite de dendê.
O motivo da solicitação é porque o desmatamento maciço para a extração da planta tem contribuído para o aquecimento global. No programa, a autoridade falava sobre a próxima cúpula do clima, que será realizada na capital francesa em dezembro.
Apesar de ter mirado diretamente no doce produzido pelo Grupo Ferrero, boa parte da indústria global utiliza o ingrediente, que permite que massa de pães e pizza não grudem, que margarinas tenham consistência sólida mesmo em temperatura ambiente e que o macarrão instantâneo seja pré-cozido. Além disso, o óleo também está presente em fórmulas de produtos de beleza e higiene.
Após a repercussão, o Grupo Ferrero divulgou que só utiliza o óleo de palma com certificado de sustentabilidade e garantiu que o cultivo da palmeira pode ser feito respeitando o meio ambiente. A discussão sobre o desmatamento desenfreado e a relação com as empresas têm sido importante para que as companhias sejam mais sustentáveis e se posicionem sobre as questões ambientais. A Unilever, um dos maiores consumidores de óleo de palma no mundo, noticiou há alguns meses que todo o azeite de dendê que usa no mercado europeu é certificado, produzido de maneira sustentável em áreas que não foram desmatadas.
Nutella não é a primeira marca a ser criticada por utilizar o óleo de palma na sua receita. Em janeiro, a SumOfUs divulgou um vídeo que simulava um comercial de Doritos, que também contém o ingrediente, e denunciava a derrubada de florestas tropicais para a extração. O filme, além de criticar a fabricante, chamava a atenção dos consumidores, que teriam parcela de responsabilidade nos prejuízos causados pelo desmatamento por comprarem a tortilha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário