Novas formas de empreender, podem possibilitar o mercado a imersão de gente jovem e grande capacidade inovadora.
Do jantar com os amigos surgiu a ideia. De uma receita de família surgiu o produto principal.
A história da Legurmê até começou como um bom papo de cozinha, mas foi preciso
muito planejamento, pesquisa e seriedade para tirar o projeto bacana do papel.
Rafael Baches e Danilo Campos, sócios da empresa, contaram com a parceria do HUB FS (espaço destinado a reunir profissionais e interessados no mercado de foodservice para promover: integração, informação e relacionamento), nesse início de empreitada.
O trabalho começou em setembro do ano passado quando os amigos empreendedores decidiram colocar no mercado a Legurmê, uma linha de antepastos diferenciada. Durante o tempo de pesquisa e desenvolvimento dos produtos, um amigo de Campos que trabalha com um food truck indicou o StudioIno, que havia projetado sua cozinha central.
Os executivos do StudioIno estavam montando o HUB FS, uma cozinha colaborativa e espaço coworking para profissionais de foodservice. Os dois empreendimentos se encaixavam perfeitamente.
Os sócios da Legurmê enxergaram na parceria com o HUB uma forma de conseguir colocar os produtos no mercado sem precisar fazer um aporte financeiro alto. “Foi uma oportunidade de não ter que fazer um investimento no início e ter uma cozinha desenvolvida por profissionais que entendem muito do ramo”, conta Baches.
Com a parceira, os sócios da Legurmê puderam personalizar alguns dos espaços do HUB FS para atender demandas específicas do neǵocio deles.
A Legurmê armazena as embalagens dos produtos em área alugada no HUB. Como os ingredientes dos antepastos precisam ficar em cozimento por muito tempo, a Legurmê conta com um forno ideal para este tipo de preparo na cozinha do HUB.
Rotina de trabalho – A equipe da Legurmê utiliza a cozinha colaborativa do HUB todas as quintas e sextas. Os produtos são preparados com ingredientes selecionados e, depois de embalados, seguem para empórios, lojas de produtos naturais, mercados e restaurantes. “Sabíamos que colocar de pé uma cozinha nos moldes do que a gente queria demoraria uns quatro meses, então foi interessante vir para o HUB e começar a testar do produto no mercado”, explicou Baches. Podendo testar o produto e entender as demandas na cozinha, os sócios da Legurmê poderão utilizar os recursos de forma mais eficiente quando chegar a hora de montar o próprio espaço.
“Podemos postergar o investimento para quando tivermos uma noção melhor de como vai ser a dinâmica de produção”.
Produtos – A Legurmê produz uma linha de antepastos de baixa caloria, sem conservantes ou aditivos. São cinco sabores diferentes e os produtos se diferenciam por poderem ser usados tanto como entradas, como acompanhamento ou molho para massas e saladas. “São receitas leves, práticos e com bastante sabor”, define Baches. Uma das delícia da Legurmê é o antepasto de berinjela agridoce, uma adaptação de uma receita de família de Danilo Campos.
Com poucos meses no mercado, mas fazendo muito bom uso deste período de testes iniciais, os negócios da Legurmê estão indo muito bem, obrigado.
Os sócios têm clientes em São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul e estão fechando a participação em eventos voltados para alimentação saudável.
Lições – Os amigos tiraram algumas lições importantes com esta forma inovadora de empreender no foodservice.
Baches destacou três aprendizados para quem quer iniciar um negócio na área. Primeiro, “há uma diferença muito grande entre gostar de cozinhar e empreender neste setor”. Ele lembra que quem cozinha em casa por prazer pode não estar ciente de que em uma cozinha industrial é preciso padronizar todos os processos para garantir a qualidade dos produtos.
Outra lição é simples. Testar o produto, conversar e ouvir. “O HUB tem a ver com isso porque com a parceria dá para fazer esses testes antes de fazermos um investimento maior e ao mesmo tempo não fazer algo muito informal como preparar as receitas nas nossas casas e pedir para os amigos provarem”, explica Baches.
A terceira lição é pensar o modelo de negócios aos poucos. “É preciso testar o modelo de negócios e acompanhar todas as etapas dos processos, estar junto dos clientes e dos fornecedores”. Essa participação cuidadosa evita que erros ou oportunidades só acabem sendo notados muito adiante. Dá trabalho? Dá. Mas para Baches, é exatamente a possibilidade de participar de todas as etapas de um negócio o que o instiga a empreender. Quando precisou descrever sua função na Legurmê, ele foi rápido. “Bombril”. “Somos Bombril, mil e uma utilidades, participamos de tudo”.
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