Os receituários manuscritos e as práticas alimentares em Campinas (1860-1940).
A historiadora Eliane Morelli Abrahão, defendida ano passado junto ao
Programa de Pós-Graduação em História da UNICAMP.
Sob orientação da
historiadora Leila Mezan Algranti, a pesquisadora realizou um
interessantíssimo trabalho sobre as práticas alimentares em Campinas no
período entre 1860 e 1940.
Três mulheres da elite de Campinas – e seus cadernos de receita, o trabalho
tem como hipótese central o papel da alimentação como um instrumento de
criação e perpetuação de laços de amizade e veículo de pertencimento
social.
Custodia Leopoldina de Oliveira
(1835-1889), Anna Henriqueta de Albuquerque Pinheiro (1871-1950) e
Barbara do Amaral Camargo Penteado (1875-1963).
Cada autora à sua
maneira, descortinou ¿ por meio da escrita, feminina e privada ¿ o
universo do cozinhar.
O léxico das receitas indica as técnicas de
preparo empregadas, a modernização dos utensílios domésticos e dos
espaços da casa, os ingredientes disponíveis à época deste estudo, as
perpetuações e descontinuidades das iguarias e da vida do lar.
A partir
dos receituários de comida, fonte e objeto de estudo, a autora procurou
compreender de que maneira as práticas alimentares se consolidaram
através dos tempos em certo espaço social. A leitura e a análise destes
documentos trazem à luz detalhes do cotidiano familiar, da dinâmica
econômica, cultural e social da elite cafeicultora, no período entre
1860 e 1940, reforçando a hipótese de que a alimentação funcionava como
instrumento de criação e perpetuação de laços de
amizade e veículo de
pertencimento social
Leia o trabalho no Sigulink (o acesso é gratuito, mas é preciso se cadastrar na Biblioteca Digital da UNICAMP para ter acesso a este e outros trabalhos) http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=000937977&fd=y
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