Sementes Crioulas
Quando
falamos em sementes crioulas, falamos também de raças e mudas, estamos
falando da imensa diversidade genética que as famílias camponesas
mantiveram ao longo da história.
As variedades crioulas foram muito combatidas pela revolução verde -
e em muitas regiões deixaram de existir -, contaminadas ou ainda
acabaram perdendo seu vigor.
| "A
utilização das sementes crioulas visa exatamente ao resgate e ao
aumento na utilização da biodiversidade local frente ao processo da
agricultura moderna”, afirma o agrônomo do Embrapa, Gilberto Antonio
Bevilaqua. Apesar de as sementes crioulas ainda serem pouco utilizadas na agricultura expansiva, elas “possuem grande potencial para o desenvolvimento de novas cultivares adaptadas a sistemas de produção com baixa utilização de insumos e poupadoras de recursos naturais”. |
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Bevilaqua é formado em Agronomia pela Universidade Federal de Santa Maria – UFSM, mestre e doutor em Ciências pela Universidade Federal de Pelotas – UFPEL. Desde 1996, é pesquisador da Embrapa Clima Temperado. Atualmente, participa de um projeto intitulado Agricultores Guardiões de sementes e desenvolvimento de cultivares crioulas. Assim desde o inicio da atuação do Movimento dos Pequenos Agricultores, o resgate e a multiplicação das variedades crioulas foi uma prioridade. Conseguimos produzir milhares de toneladas de sementes nos últimos anos e resgatamos centenas de variedades.
Temos no estado de Santa Catarina uma Unidade de beneficiamento de Sementes Crioulas (UBS) que beneficia a produção de sementes de cerca de 1000 famílias dos três estados do sul. Mais de 100 mil famílias receberam sementes produzidas pela UBS, do MPA.
Em 2011 produzimos cer6 ca de mil toneladas de sementes crioulas em todos os estados que o MPA atua.
Esse total de sementes será suficiente para semear cerca de 220 mil hectares de lavouras.
http://www.mpabrasil.org.br/conquistas/sementes-crioulas
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