Devido a produção redorde da Safra do Caqui 2015 de Mogi das Cruzes, em Salvador as ruas estão abarrotdas desta fruta.
De acordo com a Associação Frutícola Alto Tietê (Afrut) e da
Prefeitura de Mogi das Cruzes, com apoio do Escritório Regional do Sebrae-SP (órgão que capacita diversos grupos setoriais do agronegócio no Alto Tietê), a intenção é incentivar o consumo do Caqui, que é responsável por 55% da produção nacional.
Caquis do Vale do São Francisco chegam ao mercado em 2016
Uma pesquisa iniciada há seis anos no polo Petrolina - Juazeiro, região
do Vale do São Francisco, em pleno semi árido, começa, literalmente, a
dar frutos: são Maçãs, Peras e Caquis que enchem os galhos das árvores e
que começam a abastecer as mesas nordestinas a partir de 2016.
O engenheiro agrônomo e pesquisador Paulo Roberto Coelho Lopes,
coordenador do projeto de implantação destas novas frutíferas no
semiárido irrigado, está levando o trabalho para a Chapada Diamantina e,
a depender da liberação de recursos, para a área do Salitre, em
Juazeiro.
O trabalho é resultado da parceria entre a Embrapa Semiárido e a
Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba
(Codevasf) para desenvolver, no Submédio São Francisco.
Manejo
Paulo Roberto diz ainda que o desempenho é muito superior ao da média
desse cultivo no sul do país, onde o clima mais frio e chuvoso favorece a
fruta: na região a produção varia em média entre 12 a 15 toneladas por
hectare/ano.
Entretanto, o caminho para obter esse sucesso passou por muito estudos e
testes feitos pela equipe de 15 pesquisadores comandados por Paulo
Roberto. Era preciso responder a perguntas como qual a adubação
adequadas, qual o melhor sistema de produção e como seria feito o manejo
de água.
O trabalho é desenvolvido numa área de dois mil hectares, com solo
arenoso e com sistema de irrigação do tipo gotejamento, explica Paulo
Roberto. A maçã foi a fruta que apresentou os melhores resultados. O
manejo para produção de pera é similar, mas a pereira demora mais tempo
para entrar em processo de produção.
"O caqui tem um plantio totalmente diferente, mas enquanto no sul e
sudeste as árvores demoram entre seis a oito anos para produzir, no
nordeste esse prazo é de quatro anos", salienta o pesquisador.
Características
Segundo os testes, a melhor época para a colheita da maçã ocorre entre
os meses de agosto e setembro. Por este motivo, nessa terceira safra da
experiência, será feita a antecipação da colheita diferente das
primeiras safras, colhidas em novembro e dezembro.
O produtor Milton Bin planta em área irrigada do Nilo Coelho (PE) e
pretende levar a experiência para uma área do Salitre, em Juazeiro (BA),
perímetro também implantado e administrado pela Codevasf.
Milton Bin é um grande entusiasta da nova fase da fruticultura regional
do polo Petrolina-Juazeiro e também tem área testada com pera, maçã e
caqui.
Ele acredita que o caqui é considerado a mais exótica para a região,
das culturas em experiência, e deverá ser a que agradará mais o gosto
local.
O caqui ou dióspiro é o fruto do caquizeiro (português brasileiro) ou diospireiro (português europeu) (Diospyros kaki, L.f.), uma árvore da família Ebenaceae. O nome «dióspiro» (Diospyros) tem origem no grego dióspuron, que significa «alimento de Zeus», enquanto «caqui» vem do japonês kaki (柿).
É originário da China, sendo muito popular no Japão. Como fruta de caldo, contém grande quantidade de água na polpa.
Existem diversas variedades: a vermelha, quando madura, é muito doce e mole e precisa de muito cuidado no transporte para não se amassar. Esta variedade é muito consumida em Portugal.
A variedade conhecida como Caqui-Chocolate (no Brasil) é de cor alaranjada e no interior tem riscas cor de chocolate. É mais dura e resistente e não tão doce como a vermelha. Tem poucas calorias (cerca de 80 por 100 g) e possui vitaminas A, B1, B2 e E, além de cálcio, ferro e proteínas.
O caqui é muito cultivado na região sul do Brasil e no estado de São Paulo, particularmente em Itatibaia , e em Mogi das Cruzes, conhecida como «Terra do Caqui», pois o fruto dá-se bem em climas amenos e frios (subtropical e temperado). No Brasil, as primeiras variedades do caqui doce foram trazidos por imigrantes japoneses em 1916.
Saiba mais sobre o cultivo de Caqui em Mogi das Cruzes e a utilização de agotoxicos:
http://www.estadao.com.br/noticias/geral,caqui-ameaca-as-exportacoes,175915
Nenhum comentário:
Postar um comentário