quarta-feira, 3 de junho de 2015

Jornalista e pesquisador Nelson Cadena lança livro que conta a história do Carnaval da Bahia

"Festas Populares da Bahia. Fé e Folia” é o nome do novo livro do jornalista Nelson Cadena. A publicação de 304 páginas será lançada no próximo dia 14, no restaurante Pereira, 3° piso do Shopping da Bahia (Iguatemi), a partir das 18h30.
O livro faz um registro histórico das principais festas populares, existentes e extintas, relevando as suas origens

De acordo com Cadena, o livro de 280 páginas registra as origens do Carnaval da Bahia - cujas origens se remontam ao século XVI e XVII, os elementos rituais de raízes que mais tarde influenciaram o surgimento de blocos e batucadas; faz uma incursão pelo entrudo de rua e entrudo de salão; registra os primeiros bailes de máscaras e as músicas de época de influência eslava, portuguesa e italiana e conta o papel da mídia como agente repressor do carnaval espontâneo de rua.

O autor também pontua as proibições do poder público aos grupos de origens afros; destaca o surgimento do carnaval dito “civilizado” inspirado nos carnavais da Europa, a partir de 1884, por decreto e daí por diante o surgimento dos clubes carnavalescos com enredos temáticos e dos afoxés a partir de 1895. O livro relaciona em torno de 50 clubes carnavalescos apenas no século XIX. Cadena faz uma incursão pela estética e a discografia específica de Carnaval e narra o processo que resultou no Axé Music e no modelo atual do Carnaval das estrelas. 

Segundo o jornalista, foram dois anos de pesquisa, colhendo documentos e fotos inéditas, além de consultar mais de 80 coleções de jornais e revistas baianas dos séculos XIX e XX de acervos de Salvador e do Rio de Janeiro. A obra contou com o apoio cultural do Shopping Iguatemi, Prefeitura do Salvador, Governo do Estado da Bahia, Assembleia Legislativa da Bahia e Câmara Municipal de Salvador

influências e transformações. Com destaque para 24 festas da atualidade, dentre elas as do Senhor do Bonfim, Iemanjá, 2 de Julho, Boa Morte de Cachoeira, Nossa Senhora das Candeias, Nossa Senhora da Purificação de Santo Amaro, Conceição da Praia, Lavagem de Itapoã, Festa de Reis, Santa Bárbara.
Confira um trecho do livro:

"Foi em 13 de junho de 1549, dez semanas após o desembarque de Thomé de Souza, que se realizou a primeira festa popular da Bahia. Salvador era então um canteiro de obras, a cidade estava sendo construída, mas as
circunstâncias não impediram a celebração da festa de



Corpus Christi com muita animação, “as ruas muito enramadas e houve danças e invenções à moda de Portugal”, como descreveu o Padre Nóbrega. Algumas semanas após, em 18 de julho de 1549, realizava-se a Festa do Anjo com participação dos índios, estes empolgadíssimos com a música de trombetas. Pediram bis segundo contou o Jesuíta. Desde então a Baía de Todos os Santos assumiu-se Baía de Todas as Festas", conforme conta o jornalista Nelson Cadena no seu novo livro.

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