domingo, 5 de julho de 2015

Comida de Rua à Baiana

Comida de Rua em Salvador, faz parte da história cotidiana da cidade. 
A cidade da Bahia, já nasceu contemporânea, onde o encontros de negros, índios e comerciantes portugueses, produziu uma realidade intensa e cheia de vida.
 
As realidades contemporâneas estão postas, num mundo de desigualdades, globalização e macro investimentos em mídias, a gastronomia mostra mais uma vez mostra sua sensibilidade em adequar novos discurso sintonizando o ser humano aos seus novos ritmos. Ao longo dos tempos, a venda de alimentos de rua tem se configurado como uma atividade de importância social, econômica, sanitária e nutricional.

Principalmente nos países em desenvolvimento, este comércio constitui relevante fonte de renda, sendo favorecido pelos elevados índices de desemprego, escassez de postos de trabalhos formais, baixo poder aquisitivo da população,

acesso limitado à educação e ao mercado de trabalho formal, além das migrações da zona rural para a urbana, em virtude da degradação das condições de vida no campo
O movimento Steet Food, ou comida de rua, vem se consolidando ao longo dos anos 2000, detectando o crescimento do mercado informal de venda de alimentos, nas grandes cidades, apontando e sensibilizando para novas necessidades da vida urbana, com a carência de tempo, o stress, pouco poder aquisitivo em geral e todas as carências advindas deste processo. em algumas cidades americanas este crescimento é visível, e uma serie de medidas foram tomadas para sua melhoria, sem esconder esta realidade, pelo contrario, compreendendo a força destes movimentos e apostando em melhorias estéticas e higiênicas. Em relação aos vendedores, as estratégias evidenciam a necessidade de regulação da atividade, do estabelecimento de normas, diretrizes ou

códigos sanitários para a atividade e do treinamento para manipuladores e vendedores. Para os consumidores, as ações compreendem principalmente o desenvolvimento de programas educativos.

Em uma cidade como Salvador, com um numero relativamente grande de pessoas no mercado informal da alimentação, as estratégias apontam a necessidade de regulação da atividade, entendida como um avanço no processo de intervenção e um apoio na sistemática de descentralização das ações de saúde, com o estabelecimento de normas, diretrizes ou códigos sanitários que possam orientar vendedores e inspetores e o treinamento para manipuladores e vendedores. São destacadas a preocupação quanto à possibilidade de superregulação, com desdobramentos desfavoráveis ao próprio segmento e à população atendida, a orientação quanto à adoção de princípios do sistema APPCC na elaboração dos códigos

sanitários, e a essencialidade do treinamento, observando características locais, o potencial de uso dos recursos didáticos e a articulação com associações de vendedores e organizações não governamentais.

Oportunamente alguns Chefs notoriamente conhecidos, entenderão que a aproximação, com este tema, criaria uma sintonia com o mercado, socializariam suas criações tornando mais conhecidos do grande publico.

A estrategia funcionou, a partir do momento, do deslocamento e dez hierarquização, o processo se humaniza, criando assim um vinculo mais horizontal com a população, fazendo com que o Chef hermético e distanciado, que não dialoga com a comunidade e se comprometam com temas como a sustentabilidade, preços justos, respeito a produtos e produtores locais estejam fora de uma nova ordem mundial, fora dos eixos criativos e originais, deixando de beber em fontes da nossa contemporaneidade.


 


Mais do que integrar o contexto histórico e cultural de Salvador, esses profissionais representam um conjunto de valores, tradições, saberes, identidades, escolhas e formas de viver impressos em cada comida comercializada.
Neste processo a dupla de artistas Poro desenvolveu o Pequeno Guia Afetivo de Comida de Rua de Salvador, disponível para download gratuito. São pouco mais de 30 páginas com textos assinados por Marcelo Terça-Nada e ilustrações de Brígida Campbell.

Pessoas que diariamente preparam as comidinhas logo cedo e passam o dia andando de um lado para o outro comercializando suas delícias. Pessoas que são vistas diariamente por outras pessoas da cidade e assim nascem vínculos, clientes, amigos.
   guia-afetivo-4

http://poro.redezero.org/novidades/lancamento-guia-afetivo-comida-de-rua/


http://poro.redezero.org/downloads/guia-comida-de-rua-salvador-bahia-poro.pdf

Fotos Maria Aparecida Bernabo

Nenhum comentário:

Postar um comentário