Comida de Rua em Salvador, faz
parte da história cotidiana da cidade.
A
cidade da Bahia, já nasceu contemporânea, onde o encontros
de negros, índios e comerciantes portugueses, produziu uma realidade intensa e cheia de vida.
As realidades contemporâneas estão postas, num mundo de desigualdades,
globalização e macro investimentos em mídias, a gastronomia mostra mais
uma vez mostra sua sensibilidade em adequar novos discurso sintonizando o
ser humano aos seus novos ritmos. Ao longo dos tempos, a venda de
alimentos de rua tem se configurado como uma atividade de importância
social, econômica, sanitária e nutricional.
Principalmente nos
países em desenvolvimento, este comércio constitui relevante fonte de
renda, sendo favorecido pelos elevados índices de desemprego, escassez
de postos de trabalhos formais, baixo poder aquisitivo da população,
acesso limitado à educação e ao mercado de trabalho formal, além das
migrações da zona rural para a urbana, em virtude da degradação das
condições de vida no campo
O movimento Steet Food, ou comida de rua,
vem se consolidando ao longo dos anos 2000, detectando o crescimento do
mercado informal de venda de alimentos, nas grandes cidades, apontando e
sensibilizando para novas necessidades da vida urbana, com a carência
de tempo, o stress, pouco poder aquisitivo em geral e todas as carências
advindas deste processo. em algumas cidades americanas este crescimento
é visível, e uma serie de medidas foram tomadas para sua melhoria, sem
esconder esta realidade, pelo contrario, compreendendo a força destes
movimentos e apostando em melhorias estéticas e higiênicas. Em relação
aos vendedores, as estratégias evidenciam a necessidade de regulação da
atividade, do estabelecimento de normas, diretrizes ou
códigos
sanitários para a atividade e do treinamento para manipuladores e
vendedores. Para os consumidores, as ações compreendem principalmente o
desenvolvimento de programas educativos.
Em uma cidade como
Salvador, com um numero relativamente grande de pessoas no mercado
informal da alimentação, as estratégias apontam a necessidade de
regulação da atividade, entendida como um avanço no processo de
intervenção e um apoio na sistemática de descentralização das ações de
saúde, com o estabelecimento de normas, diretrizes ou códigos sanitários
que possam orientar vendedores e inspetores e o treinamento para
manipuladores e vendedores. São destacadas a preocupação quanto à
possibilidade de superregulação, com desdobramentos desfavoráveis ao
próprio segmento e à população atendida, a orientação quanto à adoção de
princípios do sistema APPCC na elaboração dos códigos
sanitários, e a
essencialidade do treinamento, observando características locais, o
potencial de uso dos recursos didáticos e a articulação com associações
de vendedores e organizações não governamentais.
Oportunamente
alguns Chefs notoriamente conhecidos, entenderão que a aproximação, com
este tema, criaria uma sintonia com o mercado, socializariam suas
criações tornando mais conhecidos do grande publico.
A
estrategia funcionou, a partir do momento, do deslocamento e dez
hierarquização, o processo se humaniza, criando assim um vinculo mais
horizontal com a população, fazendo com que o Chef hermético e
distanciado, que não dialoga com a comunidade e se comprometam com temas
como a sustentabilidade, preços justos, respeito a produtos e
produtores locais estejam fora de uma nova ordem mundial, fora dos eixos
criativos e originais, deixando de beber em fontes da nossa
contemporaneidade.
Mais do que integrar o contexto histórico e cultural de Salvador, esses profissionais representam um conjunto de valores, tradições, saberes, identidades, escolhas e formas de viver impressos em cada comida comercializada.
Neste processo a dupla de artistas Poro desenvolveu o Pequeno Guia Afetivo de Comida de Rua de Salvador, disponível para download gratuito. São pouco mais de 30 páginas com textos assinados por Marcelo Terça-Nada e ilustrações de Brígida Campbell.
Pessoas que diariamente preparam as comidinhas logo cedo e passam o
dia andando de um lado para o outro comercializando suas delícias.
Pessoas que são vistas diariamente por outras pessoas da cidade e assim
nascem vínculos, clientes, amigos.
http://poro.redezero.org/novidades/lancamento-guia-afetivo-comida-de-rua/
http://poro.redezero.org/downloads/guia-comida-de-rua-salvador-bahia-poro.pdf
Fotos Maria Aparecida Bernabo
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