quarta-feira, 9 de setembro de 2015

7ª Festa da Ostra atrai centenas de turistas em busca da gastronomia quilombola do Kaonge

Neste mês de setembro a comunidade tradicional do Kaonge, distrito quilombola do município de Cachoeira, no Recôncavo da Bahia, realiza pelo sexto ano consecutivo a “Festa da Ostra”, um evento que reúne centenas de pessoas nos dias em busca dos melhores sabores das águas do Recôncavo.
Festa da Ostra se aproximando e os criadores de ostra das comunidades quilombolas, já se preparam para o processo de seleção das sextas. Onde expectativa de público seja maio do que o ano que passou, pra vc que não conhece nossa festa,venha conhecer nos dias 3 e 4 de outubro no quilombo do Kaonge. Sei que,se você gosta de cultura,arte e conhecimento.
Chef Alicio Charoth
No ano passado estivemos e registramos a festa do Ostras do Kaonge.
Para recepcionar os visitantes no sábado com deliciosas receitas a base das ostras, produzidas a partir das bases extrativistas, é oferecido o Ajeum, título de origem africana designado para o almoço, ao meio-dia. Durante a tarde, a programação variada inclui rodas de conversas, atividades culturais, apresentações da arte popular, culinária quilombola, além de oficinas com temas como Produção Associativita e Turismo Étnico-Afro.

A Festa da Ostra foi pensada e vem sendo realizada desde abril de 2009, para o fortalecimento das comunidades da Bacia e Vale do Iguape.






O italiano Carlo Petrini, criador do conceito Slow Food, em visita á Salvador pela primeira vez em 1982 e fez uma visita a Comunidade do Kaonge.
"Fui a um quilombo [comunidade do Kaonge, no Vale do Iguape, em Cachoeira], onde encontrei ostras incríveis, que têm uma consistência e um sabor todo particular. Penso que merecem uma denominação de origem [Denominação der
Origem Controlada, designação atribuída a
produtos de determinadas regiões, que cumprem uma legislação própria]. Este produto é a expressão de um território. Uma ostra assim só pode nascer ali, não em outra parte. Outra coisa: a comida de rua. Nós europeus temos dificuldades porque não compreendemos como nasce, que características têm. Mas penso que há muito trabalho interessante para valorizar mais intensamente na realidade dessa cidade extraordinária."


A comunidade quilombola, tem como seu potencial a produção e cultivo de peixe, ostras e outros mariscos como o sururu e o camarão, mas também as comunidades produzem outras coisas para a sua sustentabilidade.




Assim, de forma organizada com a pedagogia da economia solidária e o desenvolvimento sustentável durante todos os evento e/ou roteiros do Turismo Étnico Rota da Liberdade, é feito a exposição de todos os produtos que as comunidades produz, como o azeite de dendê, o mel da abelha, o beiju de tapioca, a farinha de mandioca, além dos de artesanato e da produção audiovisual, este registra todos os eventos e acontecimentos das comunidades e passam a produzirem seus próprios olhares.

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