A culinária libanesa reúne tradições mediterrâneas, européias e orientais, e está fortemente ligada à culinária síria. Além das carnes, frutas, verduras e legumes, a cozinha libanesa tradicional utiliza muitas especiarias como: açafrão, canela, gergelim, pimenta, cravo, noz moscada, cominho, páprica, coentro, cebolinha, salsa e hortelã, muitas das quais antigamente valiam quase que seu peso em ouro e deram origem às grandes navegações nos séculos XV e XVI.
A história cultural do oriente médio ajudou a tornar a culinária libanesa uma das mais populares da região.
De 1516 até 1918, influências de outros povos influenciaram os hábitos alimentares dos libaneses.
O domínio turco otomano na região trouxe uma variedade de comida que se tornou a base da dieta libanesa, como o azeite de oliva, pães, coalhada, vegetais recheados e muitas frutas secas.
Os próprios libaneses, até pela localização geográfica, contribuíram para o enriquecimento dessa culinária absorvendo aspectos de outras culturas, o que deixa evidente que a comida libanesa é uma fusão de várias culturas.
Como resultado, a culinária libanesa é a que mais se difundiu no ocidente.
Veja alguns outros fatos interessantes sobre a comida libanesa:
Até 1946, a França controlou o Líbano e introduziu vários pratos extremamente populares e muito consumidos como o pudim, a sobremesa de caramelo que data do século XIV e os pães folhados (croissants), que no Líbano são integrais
.
2. De acordo com a história libanesa, tribos antigas em suas jornadas pelo Oriente Médio carregavam consigo alimentos que não estragavam facilmente, como o arroz e tâmaras, que se tornaram alimentos importantes na dieta libanesa.
3. A Comida libanesa é baseada no uso de inúmeras ervas, temperos, ingredientes frescos e não contam com molhos fortes.
4. Menta, salsa, orégano, alho, pimenta da Jamaica, noz-moscada, são os temperos mais utilizados na elaboração dos pratos libaneses.
5. O Pão, amplamente consumido no Líbano, é servido com quase todos os pratos, sendo mais comumente o pão redondo e chato. É tão essencial na dieta libanesa que está relacionado com o significado da palavra “vida”.
Alguns produtos da culinária libanesa, não são muito comuns em nossas mesas, mas são extremamente apreciados no Oriente. Entre eles destacam-se:
• Água de rosas e água de flor de laranjeira (ma'ward e ma'zahr) - líquidos perfumados, extraídos das flores e utilizados em doces e caldas.
• Cardamomo (hâl) - Sementes utilizadas secas no café.
• Essência de romã (dibs rumman) - Xarope de suco de romã, utilizado em substituição ao limão ou vinagre.
• Pimenta síria (bhar) - Mistura de especiarias moídas, tais como: pimenta da Jamaica, pimenta do Reino preta e branca, canela, noz moscada e cravo.
• Pinholes (snoubar) - Pinhões característicos do Mediterrâneo, cuja árvore precisa de cem anos para começar sua produção. Usado em ocasiões festivas nos recheios e decorações de pratos.
• Sumagre (summac) - O sumagre é arbusto com grandes folhas vermelhas. O tempero é gerado através da moagem de suas bagas secas e o pó que se obtém é de gosto bastante ácido, usado em geral para se temperar carnes.
• Zahtar ou zattar - especiaria composta por summac e sementes de gergelim e tomilho.
• Tomilho seco - usado como tempero em saladas, na coalhada seca ou acrescido de azeite de oliva e sal e comido com pão Árabe.
• Miski - resina vegetal utilizada para aromatizar doces.
Uma curiosidade sobre o miski: é uma resina vegetal, obtido pela perfuração da casca da aroeira (árvore da mesma família do pistache); a colheita é feita entre os meses de junho a outubro e a produção é bastante limitada, o que encarece o produto e o eleva ao patamar de “iguaria”. Cada árvore recebe de 5 a 10 incisões durante 4 dias seguidos. A resina então escorre pelos furos como uma lágrima e cai no chão ao redor da árvore (que foi previamente coberto com carbonato de cálcio. Após 2 dias, as gotas de resina secam e se tornam sólidas, e nesse momento são cuidadosamente recolhidas e higienizadas.
Embora a aroeira seja uma planta nativa de todo o Mediterrâneo, apenas as árvores nascidas na ilha grega de Chios produzem o miski, o que faz com que sua produção receba a Denominação de Origem Controlada. Em Chios existe uma cooperativa de apenas seis vilarejos medievais produtora de miski chamada ‘Mastichochoria’ (Μαστιχοχώρια) que abastece os mercados de todo o mundo.
Além do uso culinário, o miski tem sido usado como goma de mascar por mais de 2.400 anos; também foi muito empregado como remédio, atuando no sistema digestivo; bem como em cosmético pelos povos egípcios.
Berinjelas Recheadas ao estilo Libanês
Ingredientes
3 berinjelas médias
2 cebolas medias picadas
1 cx 500 g de molho de tomate
1/2 xícara de arroz cru
300 gr de carne moída( patinho)
azeite de sua preferência para refogar
1 colher de chá de pimenta síria
1 pitada de canela em pó
1/2 copo de suco de limão
1 1/2 copo de água
3 dentes de alho picado
sal a gosto
1 colher de manteiga
1 pitada de pimenta do reino
Modo de Preparo
Refogue o alho no azeite misture com a carne e o arroz cru e as demais temperos reservando tomates e cebola para o molho. Misture tudo com as mãos (use luvas)
lave as abobrinhas e não descasque,corte a cabeça das berinjelas e retire o miolo com o furador de berinjelas ou uma colher de chá tome cuidado para não furar a berinjela,em seguida rechear com a mistura de carne e arroz.
Refogue cebola alho na manteiga e junte o molho de tomate deixe cozinhar um pouco e acrescente as berinjelas devidamente recheadas cubra com a água e deixe cozinhar por 30 minutos para servir retire as berinjelas e sirva com o molho separado.
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