O Sudão quer atrair as empresas brasileiras para investir em produção de alimentos no país nos próximos anos. Na segunda-feira (23), o ministro da Agricultura, Pecuária e Irrigação de Cartum, Sudão, Mudathir Abdulghani Hassan, visitou a sede da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, em São Paulo, e se reuniu com empresas e associações brasileiras do setor de alimentos.
À Agência e Notícias Brasil-Árabe (ANBA, São Paulo/SP), Hassan afirmou que o Sudão oferece boas oportunidades comerciais a investidores estrangeiros e que o país do Norte da África precisa desses empresários para ajudar a desenvolver a produção local e garantir a segurança alimentar. “Precisamos de maquinário, tecnologia, empresas que tenham equipamentos para garantir o aumento da produção e a melhoria da qualidade dos produtos locais”, afirmou o ministro. Alguns dos setores que ele citou como prioritários são o de produção de carne de frango e o desenvolvimento de fazendas de produção de peixes.
O ministro sudanês recebeu representantes da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA, São Paulo/SP), e das empresas Kilbra (Birigui/SP), que produz, entre outros, equipamentos para postura de ovos e abrigos de animais, e da Ferraz Máquinas (Ribeirão Preto/SP), que fabrica máquinas de produção de ração animal. Hassan afirmou que o Sudão necessita, por exemplo, de gaiolas verticais para acomodar galinhas. Também disse que o país precisa de apoio para desenvolver padrões para o abate de animais.
Sudão - alimentos
Elkarim (à esq.), Hassan (ao centro) e Ali: oportunidades para o Brasil (Foto: Marcos Carriei/ANBA)
O ministro afirmou que o Brasil já é parceiro do Sudão e observou que empresários brasileiros podem fazer mais investimentos no seu país. Entre os atrativos que o Sudão oferece, afirmou o ministro, estão a grande disponibilidade de terras e água e concessões garantidas pela lei de atração de investimentos. Ele também afirmou que o mercado do Sudão e países árabes é grande e está crescendo.
As exportações brasileiras para o Sudão somaram US$ 16,9 milhões no ano passado, uma queda de 68,4% em relação aos US$ 53,6 milhões de 2013. Os principais produtos vendidos pelo Brasil em 2014 foram máquinas agrícolas e carnes.
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