Idec e associações de proteção à criança, como Instituto Alana, e 
grupos de mães, como o Movimento Infância Livre de Consumismo (MILC), se
 uniram, nesta Páscoa, pelo combate à venda de “ovos ilegais” e pela 
disseminação de informação sobre o tema aos consumidores. Já não é de 
hoje que tradições festivas têm sido aproveitadas pelo mercado para o 
aumento de vendas de determinados produtos, como presentes no Natal e 
ovos de chocolate na Páscoa. “No entanto, a massiva publicidade voltada 
para o público infantil nessa época do ano, com abuso da utilização de 
apelos como personagens infantis e brindes - que acabam por se converter
 no atrativo principal do produto - tem estimulado um consumo excessivo 
com diversas implicações, seja de ordem social, ambiental, legal e até 
mesmo de saúde”, explica a advogada do Idec Livia Cattaruzzi.
 É sabido que o público infantil é facilmente sugestionado e 
impressionado pelo uso de embalagens coloridas, brindes e personagens 
infantis em produtos, que, no caso dos ovos de Páscoa, acabam por 
persuadir a criança para o consumo excessivo deste itens, estimulando o 
consumismo e até mesmo a ingestão exagerada de doces - o que contribui 
para o aumento dos índices de obesidade infantil e outras doenças 
crônicas. No entendimento das associações que alertam para o problema, a
 prática apelativa e abusiva se aproveita da imaturidade de 
discernimento desse público e acaba por ferir regras contidas na 
Constituição Federal, no Estatuto da Criança e do Adolescente e, ainda, 
na Resolução nº 163 do Conanda (Conselho Nacional dos Direitos das 
Crianças e Adolescentes), que dispõe sobre publicidade abusiva 
direcionada ao público infantil. O problema da venda casada  - prática 
vedada pelo artigo 39 do Código de Defesa do Consumidor - de brinquedos 
com ovos, que não podem ser vendidos separadamente, e cujo alto preço 
denota cobrança pelos brindes incluída no preço do produto, também se 
junta ao rol de irregularidades.
 A campanha organizada pelo MILC e apoiada pelo Idec estimula 
consumidores a denunciarem todas essas práticas ilegais aos órgão 
competentes, como Procons, Ministério Público Estadual e Portal Consumidor.gov br. No site da campanha
 está disponível um modelo de denúncia e os contatos dos órgãos 
responsáveis. Todas as denúncias podem ser enviadas com cópia para o 
MILC que, em conjunto com o Idec e Instituto Alana, irão elaborar um 
dossiê sobre o caso. Clique aqui para ter acesso aos modelos de denúncia e aos canais de denúncia on-line dos órgãos competentes. 
 “É importante que a população se manifeste contra esse tipo de prática 
de consumo que, além de ilegal, estimula uma volumosa distribuição de 
brindes e brinquedos de baixa qualidade, que são rapidamente 
descartados, gerando lixo e mau uso de recursos naturais. Não queremos 
mais receber estímulos para consumir dessa maneira, e muitas mães, pais e
 familiares já perceberam que isso é desnecessário” comenta Livia.
O que mais pode ser feito?
 Além das denúncias, a campanha recomenda o boicote aos ovos de Páscoa 
com brindes e publicidade direcionada às crianças e que se dê 
preferência a ovos de Páscoa caseiros, sem personagens ou ainda de menor
 tamanho, sem brindes. Conversar com outros familiares da criança para 
que evitem presentear com esse tipo de produto também é uma das 
sugestões já posta em prática por grupos de mães preocupados com a 
questão.
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 O Movimento Infância Livre de Consumismo lançou, no começo de março, uma campanha contra os ovos de Páscoa ilegais. Compartilhe os posts em suas redes para apoiar a mobilização e participe também da campanha online trocando sua foto de perfil nas redes sociais pelas mensagens de protesto da campanha.
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