quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Consulte o Chef Alicio Charoth

Vai abrir um Restaurante, um Bar uma Cafeteria ou um Evento?
Já tem um consultor?, Podemos te ajudar!

Segundo a pesquisa, de um total de 464.700 empresas que iniciaram suas atividades em 2007, 76,1% continuavam no mercado em 2008, 61,3% sobreviveram até 2009 e apenas 51,8% ainda estavam abertas em 2010, ou seja, quase a metade (48,2%) fechou as portas.
Muito do fracasso destas pequenas empresas, passa por um mal assessoramento na hora de criar os conceitos necessários para que sua empresa, seja bem gerida, tenho visto muitos casos de pessoas despreparadas, fazendo consultoria, e o resultado não é nada bom.
“O sucesso está em um tripé de atendimento, cardápio e ambiente excepcionais”, diz. Veja essa e outras dicas do empresário para quem quer abrir um restaurante de sucesso.


Agendem sem compromisso uma entrevista, quem sabe te damos as melhores informações sobre este tema, consultoria para seu evento. 
Nós estamos disponíveis nos horários comerciais e tambem podem nos localizar através de nossos telefones celulares.
Tel:(71) 3014-1607
Cel:(71) 9274-4315
Email: charothalicio@gmail.com



Aguardamos seu contato para poder lhe auxiliar da melhor foma possível. Esclarecemos duvidas, podemos dar opiniões sobre determinados assuntos, acompanhamos vocês até os locatários, ajudamos encontrar locais para festas, entre outros tipos de ajuda.
A consultoria foi desenvolvida para que você possa ter um menor numero de preocupação.

Venha estamos lhe esperando!

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Descentralizar e as novas Centralidades.

Ao meu ver apostar na descentralização do ócio, é uma forma de criar novos polos de entretenimento nas cidades, uma forma salutar de inserir pessoas, projetos, abrir frentes de trabalho e gerar renda aos bairros, associadas a melhora da qualidade de vida da população.

O espaço geográfico é (...) um produto social em permanente processo de transformação. 
O espaço impõe sua própria realidade; por isso a sociedade não pode operar fora dele. Consequentemente, para estudar o espaço, cumpre apreender sua relação com a sociedade, pois é esta que dita a compreensão dos efeitos dos processos (tempo e mudança) e especifica as noções de forma, função e estrutura, elementos fundamentais para a nossa compreensão da produção do espaço (SANTOS, 1985, p. 49).

Em dez anos as cidades brasileiras incharam, mas continuam mantendo seus tradicionais espaços de ócio, o que vem a ser muito negativo. 
Quero citar três exemplos, na cidade do Salvador, que estão diretamente ligados a Gastronomia, muito ilustrativos do sucesso desta nova forma de pensar os espaços nas cidades.
Em decorrência da expansão urbana e a introdução do ritmo da cidade
industrial, com pouco tempo livre para se socializar e descansar, as pessoas buscam naturalmente locais onde existem maiores opções, o que se por um lado é comodo, podem gerar uma serie de inconvenientes como especulação imobiliária, excesso de publico, os tradicionais engarrafamentos e a alta de preços do ócio, gerando assim um stress desnecessário. Faz parte do trabalho dos gestores das cidades, mas principalmente do consumidor, promover esta descentralização

O Mercado Iaô 
localizado na área externa da antiga Fábrica de Linhos Nossa Senhora de Fátima, no bairro da Ribeira, bairro popular da cidade do Salvador. 

A ideia é que o Mercado Iaô impulsione a captação de recursos para a reforma do casarão propriamente dito, cedido pelo Governo do Estado para a Fábrica, e este venha a se tornar um centro de referência em cultura para a cidade, propondo um novo olhar sobre a Cidade Baixa.
O Mercado é um espaço plural que servirá ao encontro das diversas expressões culturais baianas.
O Mercado Iaô é um projeto da Organização Social Fábrica Cultural, que há 10 anos atua na Península de Itapagipe, e tem como presidente a cantora Margareth Menezes.

A Feira
Pilotado pela agitadora cultural Carla, tem uma característica fantástica, a itinerância, ela formulou seu evento de forma tal, que os Chefs circulem à cidade, indo a cada semana por diversos bairros, sem hierarquia.
A Feira torno-se um sucesso na cidade, e com certeza é uma das melhores opções para que deseja comer e se divertir no espaço publico.



















Abrindo espaço nos bairros periféricos.

Situado num bairro popular o Restaurante Paraíso Tropical, do Chef Beto Pimentel, funciona há anos em uma casa rústica na segunda travessa à esquerda do Resgate, no Cabula, um bairro de classe media baixa, que sofre a desigualdade social é fator que marca o cenário urbano.

Paraíso Tropical
Rua Edgar Loureiro, 98-B, Resgate - Cabula - Salvador 
Telefone:(71) - 3384-7464
E-mail: chefbetopimentel@hotmail.com

Outro exemplo importante, é o Projeto Ajeum da Diáspora, localizado no bairro de Tororó, um bairro bem tradicional da cidade, que tem na sua concepção a valorização da alimentação nos bairros populares, promovendo semanalmente um encontro com a comunidade, lugares onde historicamente se pode comer muito bem a preços módicos.



Ajeum da Diáspora
Endereço: Rua Amparo do Tororó, 157. 
Bairro: Tororó
Telefone: Contatos: 8806-8354 / 9110-0479 / 9160-8933







Outro bom restaurante soube claramente aproveitar sua localização, num dos bairros mais populosos da cidade Brotas, no Acupe, foi um Restaurante de carnes argentinas, a la Parrilla, o La Pulperia, onde o proprietário soube aproveitar ao mixamo, a geografia do local.


La Pulperia
Rua Novo Horizonte, nº 39, Ladeira do Acupe, Brotas – Salvador/BA
Telefone: (71) 3015-7379

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Na Bahia Escaldado de Peru é uma festa!


Da importância de manter as tradicionais receitas
A riqueza comum que nós herdamos como cidadãos, transmitida de geração em geração, constitui a soma dos bens culturais de um povo. 

Regina Guerra e sua fiel escudeira Sirlene
Ele conserva a memória do que fomos e somos, revela a nossa identidade. Expressa o resultado do processo cultural que proporciona ao ser humano o conhecimento e a consciência de si mesmo e do ambiente que o cerca. Apresenta, no seu conjunto, os resultados do processo histórico. 

Permite conferir a um povo a sua orientação, pressupostos básicos para que se reconheça como comunidade, inspirando valores, estimulando o exercício da cidadania, a partir de um lugar social e da continuidade no tempo.

Nesse sentido, patrimônio cultural é todo produto da ação consciente e criativa dos homens sobre o seu meio ambiente. E isso é, sem dúvida, o que distingue as sociedades e grupos sociais uns dos outros, dando-lhes identidade própria, a identidade cultural.

O ato de se alimentar não é apenas biológico, mas é também social e cultural. Possui um significado simbólico para cada sociedade, e para cada cultura. É fator de diferenciação cultural, uma vez que a identidade é comunicada pelas pessoas também através do alimento, que reflete as preferências, as aversões, identificações e discriminações.

Como deixar de atender a um convite da minha amiga Regina Guerra, confrade dos bons tempos, ainda mais se for para comer um Escaldado de Peru, no pós-natal, foi assim que tudo começo...

Quando o tema é tradição á mesa, a Bahia tem muita historia, e como uma cultura tem importância, a partir do legado que pode deixar à posteridade, esta tem muito a nos ensinar. Na realidade o Escaldado" é um cozido onde junto as carcaças do finado Peru, são agregados carnes, verduras e legumes.

Pois esta dupla Regina Serra e Sirlene, encheram de alegria meu paladar, numa mesa farta e super colorida, refletido claramente o virtual intuito de cozinhar, unir pessoas para brindar a alegria de compartilhar o prazer de estar junto.

Regi, afetivamente como à chamamos, arregaçou as mangas e ao lado da fiel escudeira Sirlene, nós mostrou que quando se tem Graça e Atenção ao servir, tudo é alegria. 
Fiz a maior festa nesta cozinha, me emocionei pois a muito não como um escaldado tao bem preparado, onde se sentiam o sabor de cada verduras individualmente, coisa das mais difíceis para uma comida, para tantas pessoas. 
As carnes em seu ponto, e o que dizer do Pirão e do Molho Lambão? incrível.

Sou grato e juro não recusar nunquinha ao chamado da Regina, mas se você precisa de mais argumentos para se convencer, leia o texto abaixo do João Ubaldo Ribeiro:

Receita de escaldado de Peru, pelo próprio João:

Queridos amigos,
Espero que tenham todos passado uma bela noite de véspera de Natal e que hoje a ressaca esteja sendo leve. Dito isto, passo a tratar de um assunto delicado, qual seja o que fazer das inevitáveis sobras do peru de ontem. 

E almoçar ou jantar em casa sem ter quase nenhum trabalho na cozinha. 
Em minhas conversas cariocas, tenho notado que a solução que proporei é desconhecida de grande parte das pessoas, de forma que a passo para quem não a conhece, pois vale a pena e evita desperdício e insensatez. 
Pode-se resumir minha sugestão no seguinte: façam um cozido de peru. 
Na Bahia, isto se chama “escaldado” de peru e é o destino inevitável de maior parte das carcassas dos infortunados glugluzáceos consumidos na noite anterior. 
Pense num cozido em que as carnes sejam as do peru, é só, é o básico. 

O prato permite infinitas variações. Leva uns tomates, umas cebolas (inclusive inteiras, ou cortadas pela metade), uma salsinha (ou coentro, para quem gosta), repolho, couve, cenoura, abóbora, enfim, tudo o que pode levar um cozido, até mesmo jiló e quiabo. Corta-se a carcaça mais ou menos ao feitio com que cortam o frango assado da padaria e, se se quiser, refogam-se (os chiques usam óleo de oliva, mas não é indispensável) cebola e tomate, antes de acrescentar água e os pedaços do peru. Há quem use, numa medida que considero acertada, uns pedacinhos de paio para alegrar e há até (não sou muito a favor), quem adicione um pedacinho de carne-seca, para sorteio. 

Enfim, pense-se num cozido livremente, só que com as carnes do peru. O caldo pode ser usado para um pirão, para os que apreciam tal acompanhamento. Não é preciso desossar nada, fazer mais nada além disso. 
.O peru resiste bem ao re-cozimento e é fácil, futucando com um garfão, ver quando a coisa já chegou ao ponto. Trata-se de iguaria leve e alegre, que vai fazer alguns de vocês reavaliar a baixa conta em que têm, por exemplo, o peito do peru, por insosso e seco demais. Fica uma delícia. 
Quem gosta de cozido jamais deixará passar-se outro Natal sem que se faça um escaldado de peru. Ponham a inventividade a favor de idéia, que é fácil, quase não dá trabalho, quase nem suja nada na cozinha, a não ser uma faca e uma eventual colher de pau. 
Fraternal e gastronomicamente vosso, João Ubaldo

#ComaCultura