quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Oguedê: Banana frita no Azeite-de-Dendê A banana foi a maior contribuição africana para a alimentação do Brasil no século XVI.

A banana é uma das frutas mais conhecidas e um dos alimentos mais populares do mundo. Bananeiras são cultivadas em mais de 130 países. 
Oguedê: Banana frita no Azeite-de-Dendê
Sua origem é o Sudeste Asiático, de regiões da Malásia, Indonésia e Filipinas, onde muitas bananeiras selvagens ainda crescem. Viajantes a levaram de lá para a Índia, onde é mencionada em escritas budistas datadas por volta de 600 a.C. Em passagem pela Índia com seu exército, Alexandre o Grande da Macedônia viu extensos bananais em produção e provou seus frutos pela primeira vez. 
É dado a ele o crédito de levar a banana para o ocidente aproximadamente em 300 a.C. A China tinha plantações de banana no século 2 d.C. 
Elas cresciam apenas na região sul do país, foram consideradas exóticas e não se tornaram populares entre os chineses até o século 20, logo na China, onde pensamos que se come de tudo. 

As Bananas e plátanos chegaram à América pela África ocidental, via Canárias, mas sua origem é asiática. 
É hoje a fruta mais consumida no mundo, incluindo o Brasil. Ambas pertencem ao gênero musa. 
Botânico Sueco Linneu
O plátano é uma fruta cientificamente denominada ‘musa paradisíaca’, batizado poeticamente pelo botânico sueco Linneu
Seguindo com os viajantes, continuou sua expansão até chegar a Madagascar, ilha na costa sudeste da África. 
A partir do ano 650, guerreiros islâmicos viajaram para a África, onde trabalharam com o tráfico de escravos. 
Os árabes também tiveram sucesso comercializando marfim junto a grandes plantações de bananas. 
O comércio de escravos estimulou viagens para o oeste e assim, a banana chegou à Guiné, na costa oeste da África. 
Em 1402, navegadores portugueses descobriram o delicioso fruto em suas viagens ao continente africano e propagaram a banana nas Ilhas Canárias, onde realizaram suas primeiras plantações. Continuando sua viagem para o ocidente, em 1516 mudas de bananeiras foram colocadas em um navio pelo monge franciscano português Tomás de Berlanga, que as levou para a ilha caribenha de Santo Domingo, onde hoje fica a República Dominicana e o Haiti. 

Não demorou para que ela se espalhasse pelo Caribe, América Central e sucessivamente para outros países de clima tropical. 
As bananas passaram a ser comercializadas com intensidade e internacionalmente no final do século 19, chegando até regiões de clima mais frio, onde fazem sucesso. 
Antes, ficava restrita aos países de clima tropical, pois não havia transporte adequado para frutas até o avanço dos sistemas de refrigeração no transporte marítimo e ferroviário. Com as modernas tecnologias em transporte e conservação, a banana se tornou ainda mais importante. 
De acordo com estatísticas da FAO (2009), a Índia é o maior produtor com 26.2 milhões de toneladas, que é quase de três vezes a produção do segundo colocado, Filipinas. 
No entanto, a maior parte da produção desses países é destinada ao consumo interno, enquanto que o Equador se destaca neste cenário, pois é responsável por mais de 30% das exportações globais, com uma produção de 7.6 milhões de toneladas. 
Significado do Nome 
O crédito pelo nome é dos árabes traficantes de escravos. 
As bananas que cresciam na África e Sudeste da Ásia eram pequenas se comparadas às de hoje. 
Carmem Miranda e as Bananas

Conta-se que eram do tamanho de um dedo e por isso teriam usado o nome banan, palavra árabe para dedo. 
Os espanhóis, que não se sabe de onde encontraram alguma semelhança com a árvore que crescia na Espanha, deram a ela o mesmo nome dessa árvore em espanhol: plátano. 
Esse nome ainda é usado nos países hispânicos, além das palavras banana e banano. 
O significado destes três nomes variam conforme a região para diferenciar entre as variedades do fruto. No Brasil, a palavra plátano é usada para identificar a variedade banana-da-terra. 
A variedade banana cavendish – a mais produzida na atualidade – deve sua origem e seu nome a William Cavendish, nobre inglês do século 19 em cujas estufas foram produzidas as primeiras plantas desta cultivar, mais conhecida como banana nanica no Brasil. 
Plantação de Bananas no Equador
A banana vulgarmente chamada, inclusive para efeitos comerciais, refere-se às frutas de polpa macia e doce que podem ser consumidas cruas. 
Contudo, existem variedades de cultivo, de polpa mais rija e de casca mais firme e verde, geralmente designadas por plátanos, em língua espanhola, banana-pão ou banana-da-terra, em português, ou plantains, em inglês, que são consumidas cozinhadas (assadas, cozidas ou fritas), constituindo o alimento base de muitas populações de regiões tropicais.
 A maioria das bananas para exportação é do primeiro tipo, ainda que apenas 10 a 15 por cento da produção mundial seja para exportação, sendo os Estados Unidos e a União Europeia as principais potências importadoras. 
É de cor verde, quando imatura, chegando a amarela ou vermelha, quando madura. Seu formato é alongado, podendo, contudo, variar muito na sua forma a depender das variedades de cultivo. Essa variação também acontece com a polpa, que pode ser mole ou dura, ou ainda com incrustações meio duras, bem como de sabor mais doce ou mais acre. Assim como o abacaxi, a banana também é fruto partenocárpico, pois pode formar-se sem fecundação prévia. É por isso que não possui sementes. Depois de cortada, a banana escurece-se muito rapidamente, devido à oxidação (pela presença da polifenoloxidase) em contato com o ar. 
A banana foi a maior contribuição africana para a alimentação do Brasil no século XVI. 
A banana tornou-se inseparável nas plantações brasileiras, cercando as casas dos povoados e as ocas das malocas indígenas, e decorando a paisagem com o lento agitar de suas folhas. 
Plantações de Banana no Haiti

Nenhuma fruta teve popularidade tão fulminante e decisiva, juntamente com o amendoim em quantidade, distribuição e consumo. Nos séculos 15 e 16, colonizadores portugueses começaram a plantação sistemática de bananais nas ilhas atlânticas, no Brasil e na costa ocidental africana, mas elas permaneceram desconhecidas por muito tempo da maior parte da população européia. Citada por Júlio Verne, na obra “A volta ao mundo em oitenta dias” (1872), onde descreve detalhadamente, pois sabe que grande parte dos seus leitores a desconhece. 
A espécie Musa balbisiana, comercializada no mercado indonésio contém, excepcionalmente, sementes, e é considerada uma das espécies ancestrais das atuais variedades híbridas das bananas geralmente consumidas. 
A banana faz parte de diferentes pratos tradicionais como ingrediente principal ou acompanhamento. 
Culinária à base de Banana.
Banana Frita

É usada no preparo de doces, banana à milanesa, banana split, banana chips, como aperitivo feito com rodelas de banana desidratada ou frita, bala de banana, Banana passa, além de aguardente de banana artesanal, refrigerantes, licores e tantos outros. 

E é bom esclarecer que, diferentemente dos Cariocas, na Bahia tradicionalmente o acompanhamento de uma boa Feijoada é a Banana que da uma adocicado especial ao prato. 
Na Bahia também ela é parte das guarnições do Caruru dos Ibejis, o Oguedê, é a banana frita no azeite de palma, o Purê de Banana da Terra combina muito bem com os peixes, além de Efun-Oguedê, que é preparado com a banana de São Tomé, não amadurecida, descascada, cortada em fatias e secas ao sol. 
Encantado pelo Brasil, até o Chef Frances Claude Troigros, caiu de boca nas bananas, e deu sua pitada na nossa cozinha com seu Cherne com Banana, sucesso no seu restaurante Olympe.

Outo prato hoje pouco conhecido é a Paçoca de Banana, (a
Paçoca de Banana com Coco
banana pilada com coco), geralmente servido como acompanhamento no café da manha, tem uma textura de um cuscuz feito na cuia, com a banana da terra e pulverizado com coco ralado, delicias da Bahia que infelizmente ficam restritas as cozinhas de casa. 


O Mofongo faz parte da culinária de Porto Rico, e em Cuba, come-se muito o Platano-Frito, além do tradicional Platano à Milanesa, como acompanhamento de pratos como os Mouros&Cristianos

Mofongo com Camarões Portoriquenho
Os Tostones na Republica Dominicana ou os Patacones na Colômbia, são feitos com Bananas verdes fritas e achatadas, especie de discos que servem de bases para refogados de tomates e cebolas. 
Freqüentemente relacionada com a América Latina, a expressão República das Bananas designa um país, geralmente do Caribe ou da América Central, onde há governos ditatoriais, instáveis, corruptos e com forte influência estrangeira.
Os Tostones na Republica Dominicana ou os Patacones na Colômbia, são feitos com Bananas verdes fritas

Na China, o termo banana é usado para designar qualquer pessoa de origem asiática que age como um ocidental (amarelos por fora, brancos por dentro). 
 No Brasil, um gesto considerado obsceno e de mau gosto, denominado “dar uma banana”, consiste em apoiar o braço ou a mão na dobra do outro braço, mantendo erguido e de punho fechado o antebraço que ficou livre. 
Na China, o termo banana é usado para designar qualquer pessoa de origem asiática que age como um ocidental (amarelos por fora, brancos por dentro). 
No Brasil, um gesto considerado obsceno e de mau gosto, denominado “dar uma banana”, consiste em apoiar o braço ou a mão na dobra do outro braço, mantendo erguido e de punho fechado o antebraço que ficou livre.

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