quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Liderança e Equipe A Diferença entre ser um Chef e um Líder na Cozinha

Confira as principais diferenças entre chefiar e liderar uma equipe. 
 De primeira, pode parecer que para comandar uma equipe, é necessário ser chef dela, mas há muita diferença entre ser chefe e líder. 
 De início, as pessoas têm a mania de confundir os dois, às vezes por falta de experiência ou até mesmo falta de tato, sem contar que um líder pode ser um chefe, mas um chefe não pode ser um líder. Ficou confuso? 
Então confira as principais diferenças entre ser Chef e líder. 

Coaching e o seu Futuro
Um chefe Tem tendência a comandar pessoas, impor ordens e ser autoritário. Também é conhecido por centralizar o poder e pensar apenas nos resultados e lucros. 
Os chefes são temidos e não respeitados, seus funcionários geralmente são pessoas que não se sentem abertos a relatar problemas e muito menos pedir conselhos quando têm dúvidas. 
O chef vê seus funcionários como subordinados que devem seguir suas ordens da maneira que ele acha mais eficaz, sem pensar no bem-estar coletivo. 


Ele nunca incentiva ou motiva, já que acha que realizar um trabalho excelente é dever do funcionário e, quando isso não é visto, ele faz questão de apontar os erros. 
O chef joga a responsabilidade em cima de sua equipe quando algo não dá certo e se vangloria quando um objetivo é alcançado. 
Um líder 
Conduz as pessoas e as inspira. É conhecido por ser um motivador de sua equipe, mostrando a direção que devem seguir e, mais importante, ir junto. Os líderes têm tendência a serem muito respeitados por seus funcionários, e o respeito têm muito mais eficiência do que o temor. 
O líder busca não só resultados, mas a melhor maneira para ele e para a equipe conseguir alcançá-los, já que ele não pensa no poder como algo centralizado e sim uma responsabilidade que deve ser dividida. 
O líder não costuma dizer que tem subordinados, e sim uma equipe, ou um time. Ele ouve as pessoas ao seu redor e está sempre disposto a tirar dúvidas. 
Ele procura trazer o melhor de cada um à tona e valoriza as habilidades dos indivíduos, respeitando suas dificuldades e trabalhando junto com a pessoa para ajudá-la a superá-las. 
O líder se responsabiliza junto com sua equipe quando algo não dá certo e divide a glória quando o objetivo é alcançado. Algumas pessoas já são líderes natos, outras precisam se aperfeiçoar. 
Uma boa liderança pode trazer benefícios para a empresa, pois uma equipe bem conduzida e mais motivada se torna mais eficiente. 
Nos cursos de coaching, as pessoas aprendem a liderar e serem aptos a conduzir as pessoas de uma maneira positiva e com resultados satisfatórios. 
Cada vez mais o chefe de cozinha deve ter a mão talentosa para bancada, forno e fogão, contudo, ela deve estar unida ao planejamento financeiro. 
O bom chefe é aquele que elabora receitas originais, com a responsabilidade de encantar clientes e ainda entende de questões pertinentes ao processo de confecção dos pratos. Isso porque ao cozinhar, o chefe deve levar em consideração: quais os custos envolvidos no prato e o tipo de público que deseja atingir. A gastronomia não se limita mais à criatividade dos chefes e elogios dos clientes. 
O cardápio, atualmente, é analisado por ser atrativo e saboroso e pelos resultados financeiros. 
A criatividade ficou como requisito básico para qualquer vaga de chefe de cozinha. 
Os empregadores pedem perfis com as seguintes características: 
Bom relacionamento interpessoal
Gestão de pessoas
Análise de custos
Elaboração de orçamentos
Sistemas de controles administrativos , financeiros e engenharia de cardápios. 
O mercado entende que o chefe de cozinha, pela característica da função, tem na criatividade um componente padrão e os demais itens são os diferenciais. É de se supor que no futuro outros itens mais complexos serão acrescentados. 
A inclusão de metodologias como revenue management na área de alimentos, por exemplo, é tema de debate em seminários e cursos de gastronomia. 
Recentemente conversando com especialistas da área – chefes de cozinha, consultores, gerentes de alimentos e bebidas e gerente de recursos humanos – e as justificativas para a mudança de perfil do profissional de gastronomia são diversas:
Desenvolvimento do setor de Alimentos e Bebidas: da cultura do ‘mal necessário’ ao posto de setor com potencialidade na captação de receita. 
Há casos onde o setor contribui com mais de 40% sobre a receita total;

Avanço tecnológico: com equipamentos modernos sobrou mais tempo para o chefe dedicar-se a pesquisa na elaboração de pratos, análise de custos e na gestão da produtividade; – Substituição a figura do gerente de alimentos e bebidas: chefes de cozinha com habilidade de gestor. É percebível também a escassez de gerentes com conhecimento em cozinha. 
A maioria dos atuais gerentes de alimentos e bebidas é oriunda da área de atendimento, dificulta a comunicação com a linha de produção e ficam dependentes do chefe de cozinha; – Redes hoteleiras com apoio corporativo: a presença de gerentes corporativos absorve a necessidade de gerentes departamentais nas unidades. O chefe assume o papel de gestor da cozinha; – Cursos superiores em gastronomia: a qualificação nos cursos superiores está contribuindo com perfis também administrativos e com acesso a metodologias gerenciais. É notório que a área acadêmica contribui com a formação de profissionais qualificados. 

Entretanto, para alcançar o posto de chefe de cozinha falta vivência: a realidade da cozinha. Um outro fato preocupante é o perfil da maioria dos egressos dos cursos de gastronomia que são muito mais atraídos pelo aspecto prático dos cursos. 


Visite uma escola e pergunte aos alunos se preferem ficar seis horas em aula prática de cozinha ou duas em aula de gestão de custos. 
É óbvio que a primeira receberá votos da maioria. 
Por mais que o atrativo seja a criação e elaboração de pratos é importante a academia despertar no aluno o interesse pela competência em administração de processos, análise de custo, gestão de produtividade, sistemas de controle e principalmente no relacionamento interpessoal. 
As empresas cientes das dificuldades e sem tempo para esperar os resultados dos cursos superiores assumem o papel de qualificadora e desenvolvem com recursos próprios tradicionais chefes de cozinha em gestores. 
Tarefa que requer altos investimentos e riscos, se não houver uma competente análise de perfil poderá a empresa não ter o seu gestor e perder o chefe de cozinha. 
O novo ciclo no desenvolvimento de chefes de cozinha coloca em evidência o profissional que conquista e envolve a equipe com respeito, utilizando como principal referencial o seu próprio comportamento. 
A vantagem competitiva do profissional de gastronomia está em se manter atualizado com as novas metodologias e utilizar a criatividade também para inovar os sistemas de gestão. 

Veja este vídeo do Mario Sérgio Cortella, filósofo, professor, consultor, que fala sobre o novo gestor de pessoas que interessa às organizações. https://www.youtube.com/watch?v=KezS2QxMajg

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