sábado, 2 de maio de 2015

Aipim Frito um descolado tira-gosto!

Um dos mais deliciosos tira-gosto, o Aipim Frito, faz parte da mesa dos botequins e bares do nordeste. 
Considerado o pão brasileiro a mandioca, Originária do continente americano, mais especificamente do Brasil central, a mandioca, também conhecida como macaxeira ou aipim, tem uma trajetória que chega a se confundir com a do País. Afinal, quando os portugueses chegaram por aqui (em meados de 1500), o alimento em forma de farinha já fazia parte da alimentação dos índios, acompanhando as carnes e os peixes. Mas não é só por conta da bagagem histórica que a planta da família das Euphorbiaceas chama atenção; a polpa rica em amido e as folhas cheias de nutrientes são alguns dos atrativos que valem capítulos à parte.

Antes disso, o pão dos índios era o beiju, feito de amido da mandioca. O de trigo só se tornou popular mesmo a partir do século XIX, quando as padarias se multiplicaram no Rio de Janeiro.

Calorias do Aipim

Com o Aipim é possivel se fazer bolos, purês, pães e obviamente o aipim puro mesmo, sendo assim o aipim é um alimento muito consumido. Veja  quantas calorias o aipim tem:
  • Um Aipim cozido (30 g) contém 34 calorias.
  • Um Aipim frito (30 g) contém 98 calorias.
  • 100 gramas de purê de aipim contém 125 calorias.
  • Uma fatia de pão de aipim (45 g) contém 124 calorias.
  • Uma fatia de bolo  de aipim (60 g) contém 270 calorias.

Entre os indígenas parecis do Mato Grosso conta-se à lenda da origem da mandioca.
Zatiamare e sua mulher, Kôkôtêrô, tiveram um casal de filhos: um menino, Zôkôôiê e uma menina, Atiôlô. 
O pai amava o filho e desprezava a filha. Se ela o chamava, ele só respondia por meio de assobios; nunca lhe dirigia a palavra. 
Desgostosa, Atiôlô pediu a sua mãe que a enterrasse viva, visto como assim seria mais útil. 

Depois de longa resistência ao estranho desejo, Kôkôtêrô acabou cedendo aos rogos da filha e a enterrou no meio do cerrado. Porém ali não pôde resistir por causa do calor, e rogou que a levassem para o campo, onde também não se sentiu bem. 

Mais uma vez suplicou a Kôkôtêrô que a mudasse para outra cova, esta última aberta na mata, aí se sentiu à vontade. Pediu, então, à sua mãe que se retirasse, recomendando-lhe que não volvesse os olhos quando ela gritasse. Depois de muito tempo gritou.
 Kôkôtêrô voltou-se rapidamente. Viu, no lugar onde enterrara a filha, um arbusto mui alto, que logo se tornou rasteiro assim que se aproximou. Tratou da sepultura. Limpou o solo. 

A plantinha foi-se mostrando cada vez mais viçosa. Mais tarde, Kôkôtêrô arrancou do solo a raiz da planta: era a mandioca (Clemente Brandenburger, Lendas dos Nossos Índios, 34-35).

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