terça-feira, 5 de maio de 2015

Chef Trotter, a francesa Lolita, da volta ao mundo conhecendo novas cozinhas.

'Eu poderia morrer por um açaí', diz Lolita Morgan, de 28 anos. Francesa percorre países para conhecer gastronomia local.


A Chef Lolita roda o mundo se hospedando na casa de membros da rede Couchsurfing, que promove um intercâmbio gratuito de hospedagem entre viajantes de vários países. 
O português de Lolita é por conta de uma temporada que morou na Bahia, onde realizou um intercâmbio na área de turismo gourmet com chocolate. 
Estudo que é incluído no mestrado na área gastronomia brasileira, arte e cultura. "Aproveito para conhecer mais a cozinha brasileira", conta a Chef, que trabalha com gastronomia há 15 anos, ela conta que nasceu "dentro de um restaurante", devido ao pai, mãe e irmão também serem chefs. 
Para chegar ao Peru, ela conta que tinha a opção de viajar de avião saindo de São Paulo, mas fez questão de conhecer o estado acreano.

"Há quatro anos, morei no Brasil e conheci Manaus e Belém. Eu gosto muito da Amazônia. Como vou agora ao Peru, resolvi ir pelo Acre. Gosto muito da cozinha daqui também", diz. 
 As viagens funcionam como uma espécie de diário, conta Lolita. 

A cada novo país que conhece, a chef de cozinha grava áudios com suas impressões do local, da culinária e até mesmo sobre aventuras vividas. 

As gravações são enviadas para a aquarelista francesa Morgane Fécit, que produz ilustrações sobre cada viagem. Todo material é disponibilizado no site.
A francesa seguiu viagem para Assis Brasil, município do Acre que faz fronteira com o Peru.
Com destino ao Peru, a chef de cozinha francesa Lolita Morgan, de 28 anos, que já passou por oito países em quatros meses fazendo pesquisas culinárias, esteve no Acre durante o final de semana e aproveitou para conhecer as comidas regionais de Rio Branco. A pesquisa alimenta o site Foodescale, projeto especializado em unir culinária e artes visuais.
Em Rio Branco, a francesa ficou na casa da estudante de psicologia Anne Caroliny Freze, de 19 anos, que faz parte do programa desde fevereiro e recebeu sua primeira hóspede.


"Nunca tinha chegado a levar ninguém para minha casa, porque moro com meus pais. 

Muita gente acha que é loucura, mas a experiência é muito interessante. Eu gostaria de viajar mais do que posso e, enquanto não faço isso, posso conhecer culturas novas ao receber alguém de fora. Esse compartilhamento é muito legal", fala.
A principal dica da francesa é simples. "Se você quer, tudo é possível. Trabalho há 12 anos por dinheiro e não tenho uma casa, apartamento, nada. Mas o que tem de mais importante para mim é fazer essas viagens, conhecer o mundo, outras culturas e poder compartilhar com as pessoas", finaliza Lolita.

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