Um livro singular por diversas razões. A principal delas não é o tema - alimentação indígena -, que embora venha ganhando espaço nas discussões ao longo dos últimos anos, ainda encontra-se geralmente reservado ao ambiente acadêmico.
E nem as fotos, belíssimas, que retratam mulheres indígenas do Alto Rio Negro, a preparação de seus pratos e um sem-número de ingredientes multicoloridos, onde se observam diversas espécies de pimentas, frutos, peixes e carne de caça, entre tantos outros.
Não é um livro de fotos, mas também o é. Mas o que torna a obra singular são a sua origem e a agência nativa durante todo o processo que resultou em sua edição.
Ela nasceu a partir das demandas de mulheres de diversas etnias indígenas do Alto Rio Negro, residentes na cidade de São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas.
Na Apresentação, Garnelo menciona as preocupações destas mulheres com mudanças das práticas alimentares nativas no contexto urbano, com o alto custo dos alimentos industrializados, e com as implicações nutricionais de uma dieta empobrecida pelos novos alimentos. E, ainda, com a possibilidade de gerarem renda com produtos com selo de origem.
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