O urucum é uma planta originária da América do Sul, mais especificamente da região amazônica.
Seu nome popular tem origem na palavra tupi "uru-ku", que significa "vermelho".
De suas sementes extrai-se um pigmento vermelho usado pelas tribos indígenas brasileiras e peruanas como corante e como protetor da pele contra os raios solares intensos. Hoje ele é usado amplamente na indústria alimentícia como corante de diversos produtos.
Em cultura lusófona, chama-se ainda açafroa e também colorau (forma imprópria, a designar especificamente o condimento, também o corante, preparados à base de sementes do urucu trituradas ao pó, puras e/ou misturadas a outras).
Os índios Yawanawa, no Acre foram os primeiros a fazer um acordo com a Aveda. Teriam recebido US$ 150 mil pôr seu trabalho no fornecimento de urucum.
Já os índios Guarani-Kayowa, do Mato Grosso do Sul, teriam obtido US$ 51 mil dólares na extração do azul do jenipapo.
O urucu é utilizado tradicionalmente pelos índios brasileiros (juntamente com o jenipapo, de coloração preta) e peruanos, como fonte de matéria prima para tinturas vermelhas, usadas para os mais diversos fins, entre eles, protetor da pele contra o sol e contra picadas de insetos; há também o simbolismo de agradecimento aos deuses pelas colheitas, pesca ou saúde do povo.
No Brasil, a tintura de urucu em pó é conhecida como colorau e usada na culinária para realçar a cor dos alimentos. Esta espécie vegetal ainda é cultivada por suas belas flores e frutos atrativos.
Os índios iauanauá vivem em três aldeias no Oeste acreano, uma das regiões mais recônditas da Floresta Amazônica. De Tarauacá, o povoado mais próximo, até a reserva indígena, são dez dias de barco. Mesmo no isolamento de matas e rios, eles estão conectados ao comércio mundial.
Desde 1995, os iauanauá são fornecedores exclusivos de urucum para a Aveda, empresa de cosméticos naturais dos Estados Unidos, comprada recentemente pela francesa Estée Lauder.
O pó das sementes maceradas: digestivo, laxante, expectorante, febrífugo, cardiotônico, hipotensor, antibiótico, antiinflamatório para contusões e feridas, colesterol, sarna e piolho;
- infusão: 10 a 15 g de sementes por litro de água fervente por 15 minutos: endocardite, pericardite, afecções do estômago, obstipação intestinal, hipotensor, vermífugo, tratamento de doenças pulmonares, asma, febres, afrodisíaco, moléstias cardiovasculares, digestiva, expectorante, laxante, colesterol;
- infusão das folhas: bronquite, faringite, expectorante, inflamação dos olhos;
- decocção das raízes: digestivo, inflamação.
Azeite de Urucum
Tradicional elemento da Moqueca Capixaba o Azeite de Urucum, pode ser preparado em casa, confira os ingredientes:
2 xícaras (chá) de azeite de oliva espanhol
1/2 xícara (chá) de sementes de urucum
Como fazer:
Coloque em uma panela o azeite de oliva e as sementes de urucum
Leve ao fogo por 5 minutos ou até o azeite de oliva ficar bem vermelho, mas tome cuidado para o azeite não fritar
Se esquentar muito retire do fogo, espere um pouco e volte
Retire do fogo. Deixe esfriar e guarde a tintura (azeite de oliva com as sementes) em um recipiente de vidro esterelizado (capacidade para 1/2 litro).
Use para preparar moqueca de peixe e caldeiradas de frutos do mar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário