quinta-feira, 23 de abril de 2015

Depuradora de Ostras potencializa e qualifica a comercialização em Alagoas

Projeto Ostras depuradas de Alagoas
O Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade
Acaba de receber na unidade de beneficiamento de moluscos - depuradora de ostras, ontem foi a visita de uma turma de estudantes do IFAL MURICI, curso de Agroindústria, disciplina de tecnologia de pescado.
A comercialização das ostras produzidas nos municípios de Barra de São Miguel, Coruripe, Passo do Camaragibe e Porto de Pedras é 100% segura. Isso porque todas elas passam por um rigoroso controle de qualidade – conhecido por depuração –, que consiste na purificação interna do molusco; assim que a ostra é retirada da lagoa, ela segue direto para a unidade de beneficiamento, onde são feitas a filtragem e a limpeza. Esse processo, que é realizado na Depuradora de Ostras de Coruripe, torna o produto próprio para o consumo.

Pensando nesse mercado, instituições parceiras lançaram o Projeto Ostras Depuradas no Verão, que visa fortalecer a cadeia e alavancar a comercialização por meio do estímulo ao consumo de ostras depuradas. De acordo com Marcela Pimenta, coordenadora do projeto pelo Instituto Ambiental Brasil Sustentável (IABS), entre dezembro de 2013 e fevereiro de 2014, foram comercializadas mais de 20 mil unidades de ostras apenas na praia da Barra de São Miguel. “Esse resultado é 70% superior ao que já foi comercializado pela depuradora nos seis meses anteriores”, ressaltou Marcela.


Uma das vantagens do projeto é a possibilidade que o produtor tem de comercializar as ostras direto com o consumidor final, estimulando-os a inovarem nas receitas. Segundo Manoel Ramalho, analista da Unidade de Agronegócios do Sebrae Alagoas, além de vender, há um trabalho de sensibilização feito junto aos clientes. “No momento da venda, os produtores entregam folhetos explicativos sobre o processo de limpeza da ostra, uma garantia de que os consumidores estão comprando um alimento seguro”, explica Manoel.

Durante a Semana Santa, período em que católicos reforçam o seu sacrifício, ao não consumir carne, diante da crucificação de Jesus Cristo, a ação de vendas de ostras será reforçada nas praias do Gunga e da Barra de São Miguel, gerando uma maior renda para os produtores nesse feriado, já que a procura por peixes, crustáceos e moluscos é maior nesse período.

O Superintendente de Desenvolvimento da Aquicultura da Secretaria de Estado da Pesca e Aquicultura (Sepaq), Ricardo Nonô, afirma que cerca de 100 famílias se beneficiam com a depuradora de Coruripe, que alcança uma produção de cerca de 15 mil ostras por mês.

Alguns restaurantes de Maceió já comercializam a ostra depurada e exercem um papel social importante, por meio da valorização da produção local, da promoção do comércio justo e da aproximação e envolvimento das comunidades locais no mercado turístico.

Comitê Institucional do Programa Ostras Depuradas de Alagoas

No próximo dia 15, às 8h30, no Sebrae Alagoas, será realizada uma reunião com o objetivo de discutir a e fortalecer as estratégias de comercialização das ostras, além de pensar na formatação de uma cooperativa que envolva as associações participantes do comitê.

O comitê é formado por representantes do Instituto Ambiental Brasil Sustentável (IABS), da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), da Secretaria de Estado da Pesca e Aquicultura (Sepaq), do Sebrae Alagoas, da Associação Rio Mar de Passo do Camaragibe, da Associação dos Ostreicultores das Barreiras de Coruripe (Aobarco), da Associação dos Maricultores da Palatéia (Paraíso das Ostras), da Colônia de Pescadores de Porto de Pedras e da Associação Ilha Bela da Barra de Santo Antônio.

Ostreicultura

A ostreicultura em Alagoas é uma alternativa para a atividade aquícola da região, porque, diferente da cultura de peixes ou de camarão, o cultivo das ostras, para que dê certo, não exige ração e não necessita da introdução de nutrientes ou qualquer resíduo que altere as características locais da água. Outra vantagem é que a região Nordeste é uma das mais favoráveis para a produção de derivados aquícolas do país, devido às adequadas condições naturais.

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