Anualmente, cerca de 33% dos solos são degradados devido a fatores como as alterações climáticas e a desflorestação. Para promover sua proteção, UNFAO Portugal sediou workshop e debate o Ano Internacional dos Solos.
Dia 4 de julho de 2015, Ana Domingues, estagiária de Ciências da Nutrição no Escritório da FAO em Lisboa e junto da CPLP, fez uma apresentação intitulada “A importância dos solos” contextualizada no Ano Internacional dos Solos.
Ressaltou que cada vez mais se tem prestado atenção a este recurso que representa, de facto, a base da vida. O solo é um recurso finito, ou seja, a sua perda e a sua degradação não são recuperáveis com uma vida humana e demora até 1000 anos para se formar apenas 1 cm de solo. Desta forma, deverá haver uma gestão e utilização sustentável deste recurso.
A FAO tem dinamizado o Ano Internacional dos Solos em colaboração com os Governos e o Secretariado da Convenção de Combate à Desertificação das Nações Unidas e visa aumentar a consciencialização e a compreensão da importância do solo para a segurança alimentar e nutricional e para as funções essenciais dos ecossistemas.
Ana salientou que, globalmente, 33% dos solos são degradados devido a vários fatores como a urbanização, a sobre-exploração agrícola, sobre pastoreio, poluição, alterações climáticas e desflorestação.
O solo representa um componente importante dos recursos terrestres, do desenvolvimento e sustentabilidade agrícola e, por isso, a base da produção de alimentos. Apesar da “dependência” do ser humano dos solos para produzir a maior parte dos alimentos (95%) que constituem a sua alimentação, mais de 1/3 dos alimentos são desperdiçados e mais de metade do desperdício doméstico poderia ser usado para nutrir os solos, através da compostagem.
Relembrou também a importância da biodiversidade que os solos comportam e de que maneira é prejudicada com a limpeza de terrenos florestais ou de pastagens, com o uso excessivo ou o mau uso de agroquímicos. E que, por outro lado, certos sistemas agrícolas e práticas agro-ecológicas como, por exemplo, a agricultura biológica, podem aumentar de forma sustentável a produtividade agrícola sem a degradação do solo.
Terminou afirmando que uma gestão sustentável dos solos podia aumentar a produção agrícola em 58%, possível através de algumas medidas específicas como o aumento do nível de matéria orgânica no solo (compostagem), a promoção da rotação de culturas na agricultura, o combate das queimadas, a utilização de forma sustentável de nutrientes e agroquímicos e o uso sustentável da água.
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