sábado, 27 de junho de 2015

Luiz Horta lança livro que reúne seus melhores textos desde o blog Glupt

Luiz Horta apresenta assim o seu e-book, “As crônicas mundanas”, que será lançado dia 14 de julho: 
“Por favor, não leiam o livro todo de uma vez! É preciso
lembrar que foram publicados semanal ou mensalmente, não fazem sentido consumidos em um bloco rápido. 
Peguem um texto, escolham por sorteio uma página, não se cansem de mim. Não tem índice, tem zonas de conversas. Relendo tudo percebi que escrevi mais sobre pessoas que sobre vinhos, pessoas que fazem, bebem e falam sobre vinhos.”
Em seu primeiro livro (já tinha escrito dois guias), o colunista do ELA Gourmet reúne cem crônicas dos últimos dez anos (tem textos do blog “Glupt!”, do caderno “Paladar”, do “Estado de S. Paulo", e das revistas “Gula”, “Prazeres da Mesa” e “Adega”, além das publicadas aqui no GLOBO) em uma seleção bem pessoal. A meta era colocar os de que mais gosta primeiro.
— Não quero que ninguém pare na vigésima página. 
No começo, pensei em fazer por ordem cronológica, mas ficaria muito chato — admite ele, que abre o livro com a sua primeira coluna feita para o ELA Gourmet, em que se apresenta. — São textos gostosos de ler, engraçados, que falam muito de comida também. Não são exatamente críticas de vinho. Conto de uma experiência em uma vinícola ou um restaurante, como uma noite memorável em que fiz um desafio ao sommelier do Le Cinq, do Hotel George V: harmonizar o menu só com vinho branco.
Aos curiosos: deu tudo certo. E olha que tinha foie gras, vitela, moelas e kobe beef.
— O Eric Beaumard é genial — confirma.
Nas primeiras 20 páginas e além delas, uma viagem a Maiorca, beber dry martíni às seis da manhã, preços dos vinhos (ele levanta a bandeira do vinho bom e barato), um bistrô querido, um perfil do crítico François Simon, uma temporada no Hotel Meurice.
O que conduziu a seleção foi, principalmente, o humor. A leveza com que Horta fala de vinho, um assunto que muitos tratam com toda a pompa, está em todos os momentos, seja em um texto de 2006 ou num feito no começo do ano.
— As pessoas estão ficando muito sérias, até com o vinho. Vinho é birita. É para tomar e ficar feliz. Tento livrar as pessoas da tirania do esnobismo. Eu não tenho adega climatizada em casa e posso beber em um copo qualquer, numa boa — critica ele.
A seleção, como ele descreve, é um reflexo da sua cabeça: um monte de fios soltos, que, eventualmente, se juntam.
— O livro eletrônico permite que a pessoa faça uma busca e vá direto a um assunto específico. Não é para ler tudo em um dia, pode ser uma leitura aleatória — comenta. — Além do mais, esse formato é bem a minha cara. Até mesmo por conta do lançamento. Sou muito retraído, não saio muito de casa. Com o e-book não tem estresse: não preciso ir para uma livraria dar autógrafo, pensar no que escrever na dedicatória ou ficar tenso quando esqueço o nome daquele primo.



Luiz Horta Jornalista de gastronomia, viaja pelo mundo dos vinhos mais que mala extraviada, ciente que a bebida se aprende provando.Gosta também de café, de chá, de gatos e de chapéus. E de aeroportos. E-maill: gluptvinhos@gmail.com Twitter: @glupt
Blog Glupt 

Fonte O Globo

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