quinta-feira, 25 de junho de 2015

”Todo mundo gosta de acarajé, o trabalho que dá pra fazer é que é”

Entender a cultura organizacional de um comércio ambulante que vende um produto com características étnicas, requer uma decodificação dos significados que se constroem a partir da origem e que se
re-significam em outro contexto, mediante o  intercruzamento  de  saberes,  fazeres,  experiências  sensoriais  e  emocionais permeadas pelas culturas em questão, aqui no caso, africana e brasileira, baiana e gaúcha,  soteropolitana e porto-alegrense, é o que se propoe Neusa Rolita Cavedon – Professora do PPGA/EA/UFRGS, Pesquisadora do CNPqno trabalho, ”Todo mundo gosta de acarajé, o trabalho que dá pra fazer é que é”: a cultura organizacional do Pedacinho da Bahia. 

 ”A  alimentação  como  objeto  de  conhecimento  é,  também,  uma  ferramenta  de  educação, pois,  as  tradições,  as  representações,  as  linguagens,  as  idéias  e  teorias  despertam
curiosidades, verificações e comunicações.
Quanto mais o indivíduo percebe as diferenças, mais  aumenta  as  possibilidades  da  busca  do  saber.  A complexidade  humana  reúne  e  organiza conhecimentos dispersos, o ensino através das origens do cultivo, do preparo, do servir,  do  comer,  dos  tabus,  dos  hábitos  e  comportamentos,  das  superstições  e  costumes alimentares,  estabelece  uma  comunicação  entre  disciplinas  e  a  compreensão  da  trajetória das  sociedades  humanas.  A  cultura  é  construída  por fragmentos,  separações  e  distinções que se reúnem e se articulam. 

A coisa e a causa se confundem”.   

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