domingo, 21 de junho de 2015

Gerando uma Cadeia de Consumo Consiente.

Muito tem-se falado que o Brasil é um dos países onde mais se estraga alimentos no mundo. Campanhas são feitas pelas empresas para conscientizar seus trabalhadores da importância do consumo consciente, mas faltam Programa de Gerenciamento de Resíduos Orgânicos e que cheguem com informação fácil e pratica aos lares brasileiros. 
Veja a Terra Vida, que desenvolve uma programa bem bacana neste sentido, divulga, ensina e incentiva a compostagem urbana comercializando as "composteiras domésticas".

A tecnologia das composteiras domésticas corresponde a 3 caixas, em um sistema simples, que ao se destinar os "resíduos orgânicos" estes se reciclam. O que antes seguiria para aterros sanitários, se transforma em adubo natural. 
A compostagem é acelerada e seu húmus fica ainda melhor com a criação das minhocas californianas vermelhas, espécie que gosta de se alimentar de resíduos orgânicos, nos proporcionando assim "húmus de minhoca". Adubo preferido dos especialistas em jardinagem e horta orgânica.

A prática funciona através da compostagem dos resíduos de cascas de frutas, cascas e talos de verduras e legumes que sobram do restaurante instalado dentro da empresa para atender os funcionários.
Também inserir o conceito de Consumo Consciente ente consumidores e empresários, fornecedores, gerando uma cadeia de consumo positivo.
Dificuldades que encarecem a Produção Orgânica.
Em Salvador, conversei recentemente com o Marcos, pequeno agricultor orgânico, onde ele me falou de todas as suas dificuldades para vencer neste oficio.
Entendemos as dificuldades de uma atividade que alem de produzir tem que distribuir e vender, este e o caso de Marcos da Ecossítio San Marcos, que alem de plantar, colhe todas as manhas e vende seus produto em feiras improvisadas na cidade do Salvador. 

Ele me mostra com orgulho seu documento de certificação, o primeiro produtor cadastrado.
Uma luta diária que começa muito cedo, onde ele colhe, enche a caminhonete e traz para Salvador.
Outra das técnicas de Marcos e passar seu telefone para que as pessoas façam uma previa compra, facilitando a embalagem dos produtos mais frescos colhidos no dia. 

Outra experiência Nil, o marido, a já comercializava produtos hortifrutis na Ceagesp em São Paulo e conforme a produção orgânica na cidade de Bebedouro amadurecia, eles partiram para conseguir a liberação de todas as certificadoras credenciadas no Ministério da Agricultura. Assim que estavam certificados, o permissionário emprestou parte do box no entreposto para o escoamento dos orgânicos.
Atualmente, a Terra Frutas Orgânicas comercializa muito mais do que frutas. Legumes, verduras, grãos, sucos, café e muitos outros produtos - todos orgânicos - fazem parte do portfólio da atacadista, que também atende o mercado varejista pelo telefone.
Luciana explica que a maior parte dos alimentos que comercializa advém das roças de pequenos produtores espalhados por todo o país. Desta maneira, acredita, contribui para escoar a produção de quem têm dificuldade em entrar para o mercado. “O nosso trabalho é reunir alimentos orgânicos cultivados por famílias de pequenos agricultores, inclusive assentados e quilombolas, e inseri-los na cadeia de comercialização”, esclarece.

Sociedade, consumo e agricultura orgânica
Para Luciana, trabalhar com orgânicos é muito mais do que uma maneira honesta e sustentável de ganhar a vida. Além de colaborar com produtores rurais familiares, a presença da atacadista na Ceagesp incentiva o consumo consciente. Alimentos orgânicos são cultivados seguindo conceitos de sustentabilidade e são mais saudáveis para o nosso organismo. “Muitos clientes fazem tratamento de saúde utilizando alimentos orgânicos”, conta a empresária. A atacadista compra hortifruitis de comunidades quilombolas, assentamentos e agricultura de subsistência. Cerca de 300 famílias fornecem alimentos para o entreposto. Também recebem produtos de médios e grandes produtores, mas em menor quantidade. “Incentivamos os pequenos a abrirem uma lojinha, comercializarem seus produtos na própria região, se aproximarem dos consumidores e interagir com o mundo. Explico a eles que não podemos deixar este mercado na mão de pessoas que não tem compromisso ou ética com o mundo orgânico. Fazemos este trabalho com muito amor e dedicação”, garante.
 Produção orgânica e escoamento
Depois de tantos anos no mercado, a Terra Frutas Orgânicas ainda encontra dificuldade para escoar a produção porque o consumo do orgânico não é estimulado. Além disso, o mercado interno não aceita produtos que fogem do padrão. Às vezes Luciana recebe ligações de clientes que perguntam: ‘O tomate está bonito hoje?’. Ela prontamente e educadamente responde: ‘Estamos fugindo do foco, parceiro. O correto seria perguntar: está saboroso’. “Não tem jeito. Brasileiro realmente come com os olhos”, conclui.
Importação
No box da atacadista também é possível encontrar produtos orgânicos importados, como pera da Argentina ou ameixa da Espanha. Luciana explica que eles trazem de fora aquilo que o Brasil não tem para ver se conseguem atrair o público consumidor. Todos os alimentos estrangeiros possuem certificação exigida pelas leis brasileiras.
Embalagem
Quando precisam reembalar algum produto, a empresa tenta usar o mínio de plástico e não utiliza isopor. Por isso, ainda não podem fornecer para grandes clientes do mercado varejista. “Eles exigem, mas nos recusamos a utilizar isopor na embalagem. No máximo usamos material PET, que pode ser reciclado depois”, conta a atacadista. 

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