A agrossilvicultura é a ciência, a prática de estudo e a arte de cultivar árvores em conjunto com culturas agrícolas ou em conjunto com a criação de animais.
O surgimento da agrossilvicultura como ciência ocorreu a partir da década de 1970, quando foram realizados grandes estudos sobre o papel das árvores nos solos tropicais.1 Apesar de surgir como ciência só recentemente a agrossilvicultura já era praticada mesmo antes do advento da agricultura moderna.
Atualmente, a agrossilvicultura desponta como uma alternativa muito promissora para os produtores rurais dos países de Terceiro Mundo e dos países em desenvolvimento, sobretudo pelas vantagens que a mesma traz para a pequena e média propriedade rural.
A correta aplicação das técnicas de agrossilvicultura na agricultura resultam nos chamados sistemas agroflorestais (SAFs), já a aplicação destas técnicas na pecuária resulta nos sistemas agrossilvopastoris.
Ao contrário do que muitos pensam, a agrossilvicultura não consiste, necessariamente, na reconstrução da mata original ou no reflorestamento
parcial de áreas desmatadas pela atividade agrícola ou pecuária, mas
sim consiste em incluir, nestas mesmas áreas, plantas de interesse
econômico e, de preferência, também ambiental, permitindo favorecer
simultaneamente o meio ambiente e os negócios do produtor rural.
A agrossilvicultura é a prática de combinar espécies
florestais (árvores ou outras espécies perenes lenhosas) com culturas
agrícolas e/ou pecuária, com o objetivo melhorar o aproveitamento dos
recursos naturais e a produção de alimentos. Também é chamada de sistemas agroflorestais (SAF's), ela busca o uso mais sustentável dos recursos produtivos.
Embora técnicas de combinação de árvores com agropecuária já tenham sido praticadas antes mesmo do surgimento da agricultura moderna,
a ciência da agrossilvicultura surgiu apenas na década de 1970, quando
se realizaram grandes estudos sobre o papel das árvores na saúde do
solos tropicais. As bases principais da prática estão na silvicultura
(estudo da regeneração e exploração de florestas), agricultura,
zootecnia e manejo do solo. Seus objetivos varia da produção de
alimentos, produtos florestais madeireiros e não madeireiros, melhoria
da paisagem, incremento da diversidade genética e conservação ambiental.
Os SAF's têm vantagens em relação aos sistemas convencionais de uso
da terra, pois permitem maior diversidade e maior sustentabilidade. A
coexistência de mais de uma espécie numa mesma área melhora a utilização
da água e dos nutrientes do solo. Há ainda a recuperação da fertilidade
dos solos, o fornecimento de adubos verdes e o controle de ervas
daninhas.
Classificação
A classificação de sistemas agroflorestais (SAF's) mais empregada
inclui: as árvores, os cultivos e os animais, que podem ser
classificados como:
Sílviagrícola: árvores associadas com cultivos
agrícolas anuais e/ou perenes. São exemplos: jardins domésticos,
"taungya" (plantio de espécies agrícolas nos primeiros anos dos
povoamentos florestais), alley cropping (plantio de árvores em fileiras ou faixas e cultivo agrícola entre as fileiras ou faixas)
Silvipastoril: árvores associadas com pecuária. Esta
combinação potencializa a produção de madeira e de proteína animal. São
exemplos: Banco de proteína (plantio de árvores em áreas de produção de
proteína para corte ou pasto direto), árvores em pastagens naturais
e/ou plantadas (para regeneração artificial ou natural de árvores em
áreas de pastagens naturais ou artificiais), pasto em áreas
reflorestadas.
Agrossilvipastoril: árvores associadas com cultivos
agrícolas e atividade pecuária. Seu correto manejo possibilita ao mesmo
tempo a conservação ambiental, o aumento da produtividade agrícola, o
conforto e a maior produção animal, além de melhor qualidade de vida,
contribuindo para a fixação do homem no campo. São exemplos: jardins
domésticos com animais, método "taungya" seguido de pastagem durante a
fase de manutenção de florestas.
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