Novo estudo liderado pela Universidade de Aberdeen, observa a relação entre o consumo de chocolate e o menor risco de doenças.
As pessoas que comem mais chocolate têm menor risco de sofrer problemas do coração no futuro. Além disso, não há evidências de que esse produto deva ser reduzido entre as pessoas com risco cardiovascular. Essas são as conclusões da análise de um acompanhamento de 20.951 pessoas durante 12 anos liderado pela Universidade de Aberdeen.
O estudo, publicado na revista Heart, também incluiu uma revisão de trabalhos publicados no mundo todo sobre a relação entre o consumo de chocolate e doenças cardiovasculares com a participação de 158.000 pessoas.
Sabe-se que o chocolate é uma importante fonte de flavonóides – compostos de origem vegetal que nos protegem de doenças cardiovasculares –, mas os pesquisadores reconhecem que, com base nos estudos disponíveis, é difícil estabelecer uma relação de causa e efeito entre comer chocolate e ter um coração mais saudável. “É possível que as pessoas que consomem mais chocolate tenham outros comportamentos benéficos para a saúde cardiovascular”, afirmam.De fato, os participantes que mais comiam chocolate eram em geral mais jovens, tinham um índice de massa corporal menor, menor pressão arterial e faziam mais exercício – fatores que reduzem os riscos. Segundo os autores do trabalho, existe a possibilidade de que as pessoas com maiores problemas cardiovasculares comam menos chocolate. Mas afirmam que, para realizar a análise, não incluíram pessoas com doenças cardíacas.
É possível que as pessoas que consomem mais chocolate tenham outros comportamentos que sejam bons para a saúde
Os cientistas também descobriram que os benefícios não apenas eram produzidos pela ingestão de chocolate amargo, como já se sabia, mas também pelo consumo de chocolate ao leite. “Isso pode indicar que a explicação para a associação observada esteja não apenas nos flavonóides, mas também em outros compostos, relacionados possivelmente com os componentes do leite, como o cálcio e os ácidos graxos”, concluem os pesquisadores.
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