A carne suína mantém preços bastante competitivos em relação à bovina, o que deve contribuir para que a demanda pela proteína alternativa permaneça estável no segundo semestre de 2015 no Brasil, afirma o Rabobank. Em relatório, analistas do banco ponderam que o consumo maior de carne suína deve permitir também que os preços pagos ao produtor fiquem um pouco acima da média dos últimos cinco anos,
apesar do aumento na oferta este ano.
O Rabobank afirma que os preços ao produtor vêm se recuperando desde junho, tendência que deve continuar nos próximos meses. No mês passado, os valores estavam 5% abaixo dos registrados em junho de 2014, resultado melhor, porém, do que a queda de 14% verificada em maio.
A instituição financeira diz que continua a acreditar em exportações recordes de carne suína em 2015, embora não muito acima do ano anterior. "É provável que os volumes sejam mais parecidos com os de 2014", afirmam analistas. O relatório também destaca que embora a China só tenha habilitado em junho seis frigoríficos de suínos para exportação, a desvalorização do real deve tornar o produto brasileiro mais competitivo.
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Para o Rabobank, o aumento de 142% nas vendas externas ao Japão nos primeiros cinco meses do ano é um indicativo de que o Brasil quer diversificar sua base de clientes. "No entanto, o apetite russo segue essencial para a indústria de suínos do País, representando 52% do total de exportação de carne suína em maio de 2015, o que pode ser preocupante no médio prazo, dada a instabilidade deste mercado", afirmam.
Mercado internacional
A China é o destaque do relatório do Rabobank. O banco espera que o país aumente a sua demanda no segundo semestre, o que deve impactar a oferta e a demanda da commodity no mercado internacional. Segundo analistas, a queda no rebanho de suínos nos últimos dois anos na China parece ter equilibrado a oferta e a demanda neste país, resultando em preços e margens melhores para produtores. Neste cenário, o país deve reforçar importações nos próximos meses. "Mas com estoques elevados em países exportadores importantes, o impacto sobre preços e margens deve atingir a indústria mais tarde do que o esperado."
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