terça-feira, 2 de junho de 2015

Espanhol El Celler de Can Roca seguem no Topo.

Os chefs brasileiros premiados no ranking foram Alex Atala, do restaurante D.O.M., que caiu duas colocações para a nona posição, e Helena Rizzo, do Maní, que desceu quatro posições em relação a 2014 e classificou-se no 41º lugar.

Todos os anos, a festa de premiação da revista "Restaurant" atrai alguns dos chefs mais importantes do mundo. Expectativas, especulações e dramas precedem  o evento e este ano não foi diferente: jornalistas e chefs que não foram convidados ou que não entraram na lista questionam a
importância do ranking, um ritual que se repete há mais de dez anos.
Foi anunciada em Londres nesta segunda-feira (1ª) a nova edição do ranking "50 Best", que premia os melhores restaurantes do planeta. A lista, criada pela revista britânica "Restaurant", classificou o espanhol El Celler de Can Roca no topo da premiação.
Os chefs brasileiros premiados no ranking foram Alex Atala, do restaurante D.O.M., que caiu duas colocações para a nona posição, e Helena Rizzo, do Maní, que desceu quatro posições em relação a 2014 e classificou-se no 41º lugar.

Atala, que não compareceu na premiação de 2014, comunicou na semana passada à imprensa que também não iria ao evento neste ano, por não achar mais imprescindível sua presença no "50 Best" -o D.O.M. faz parte do ranking desde 2006.
A cerimônia por sua vez, teve muitas novidades -a começar pela mudança iminente de endereço e de data. Após 14 anos tendo como sede a capital britânica e sendo sempre realizado na última segunda-feira de abril, os organizadores mudaram a data e o local: em 2016 a cerimônia será em Nova York.


Boicote
Mas nem tudo são flores e toda unanimidade será castigada.
Encabeçado pela blogueira de gastronomia Marie Eatsider, a documentarista Hind Meddeb e Zoé Reyners, de uma agência de relações públicas, o movimento "Occupy 50 Best" pede que os patrocinadores e apoiadores do evento "parem de financiar e apoiar este ranking opaco, sexista e complacente que coloca o nacionalismo culinário à frente da qualidade".
O grupo queixa, entre outras coisas, de que a lista é desigual em relação às chefs femininas (apenas uma figurava entre os 50 premiados ano passado). As mulheres tem uma premiação à parte da lista principal, vencida este ano pela chef francesa Hélène Darroze.
Além disso, o manifesto acusa o sistema de eleição do "50 Best" de ser facilmente fraudado. "Os membros do júri podem votar anonimamente, sem precisar jamais justificar sua escolha de restaurante nem precisar provar que eles estiveram alguma vez que fosse no local", diz o texto do abaixo-assinado proposto no site do grupo.
 http://occupy50best.com/

Como é feita a lista
O ranking do "50 Best" é formado a partir de votos de mais de 800 jurados ligados à gastronomia em vários cantos do mundo, entre jornalistas, escritores, nomes da indústria e especialistas culinários. Cada membro pode votar em até sete restaurantes em que esteve nos últimos 18 meses, sendo que três deles precisam ser necessariamente da mesma região de origem do eleitor.

O prêmio também conta com versões regionais, visando restaurantes do continente asiático e, desde 2013, da América Latina. Na lista geral, os brasileiros mais bem cotados são os restaurantes D.O.M. (em sétimo lugar) e Maní (em 36º lugar). O chef Alex Atala, dono do D.O.M., não irá participar da cerimônia de premiação em Londres na próxima segunda, como fez em 2014.
A organização do evento respondeu de maneira indireta às críticas: este ano, foi contratada uma empresa de auditoria para garantir a integridade da votação.

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