segunda-feira, 1 de junho de 2015

MS é 11º no ranking de produção de mel do país, diz entidade


Senar/MS pretende fomentar atividade com curso a produtores.
Produção do estado chega a 760 t de mel por ano, segundo a Feams.
 

Mato Grosso do Sul possui cerca de 700 apicultores, que juntos têm aproximadamente 21 mil colmeias e produzem 760 toneladas de mel por ano, segundo estimativa da Federação de Apicultura e Meliponicultura do estado (Feams).
Para potencializar a atividade, símbolo do desenvolvimento sustentável, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso do Sul (Senar/MS)  oferece regularmente o curso de Apicultura Básica, que acontecerá no município de Porto Murtinho, no sudoeste do estado, entre os dias 1º e 3 de junho.

“Com o certificado de identificação geográfica que recebemos este ano pela qualidade do produto, a expectativa é de um crescimento maior”, destaca o presidente da Feams, Gustavo Nadeu Bijos. Para ele, o selo de reconhecimento internacional da qualidade do produto apesar de ajudar o segmento, não é suficiente para alavancar a atividade.
“É preciso uma mudança de comportamento dos apicultores, em muitos casos a apicultura é uma segunda opção de trabalho. Com a valorização do produto será possível ter mais investimento e consequentemente maior desenvolvimento nesta prática”, explica Bijos.
“A apicultura é uma atividade que preserva o meio ambiente e a biodiversidade. Em função disso, sua prática é permitida nas áreas de reservas, sem exigir dos produtores propriedades particulares”, afirma o técnico em agropecuária e instrutor do Senar/MS, Eloy Bortolini.

Segundo o instrutor, que ministrará a capacitação em Porto Murtinho, o recomendável é iniciar o manejo com cinco caixas de enxames. “É um investimento baixo, geralmente para os iniciantes. É possível obter lucro em até dois anos quando feito o acompanhamento da caixa, na limpeza, retirada adequada do mel, troca da rainha e atenção à quantidade de abelhas”.
Para Bortolini também é fundamental o contato com a associação de apicultores do município ou região. “É interessante essa relação, pois facilita a negociação de compra e venda dos equipamentos e produtos”, ressalta.
Bortolini afirma que é possível obter as abelhas por meio da compra, pelo preço de R$ 50 o enxame ou pela captura, que é feita por meio de caixas a vistas nas áreas de vegetação, onde o inseto se estabelece de maneira natural ou coleta no meio ambiente, quando os enxames são encontrados em madeiras podres ou cupinzeiros.
O curso
O curso de Apicultura Básica tem carga horária de 24 horas e irá abordar medidas de segurança no trabalho, cooperativismo, exigências profissionais no mercado de trabalho, histórico da apicultura, custos e manejo de implantação do apiário.


Produção de mel ganha incentivos na Bahia


Marjorie Moura

O setor de produção de mel na Bahia, severamente atingido pela seca que castigou o estado nos últimos quatro anos.

Um dos destaques foi a reunião trimestral da Câmara Setorial das Cadeias Produtivas da Apicultura e Meliponicultura (CSAM), da

Secretaria de Agricultura da Bahia (Seagri), para apreciar proposta de regulamentação da comercialização de mel de abelhas sem ferrão.

O projeto foi desenvolvido por um grupo de trabalho a partir de provocação da câmara, num movimento já iniciado em Santa Catarina, Paraná e São Paulo. A iniciativa na Bahia atende a anseios dos meliponicultores e exigência da Agência de Desenvolvimento Agropecuário da Bahia (Adab).

Segundo o presidente da Federação Baiana de Apicultura e Meliponicultura (Febamel). Paulo Sérgio Cavalcanti Costa, o fato dos produtos oriundos de abelhas sem ferrão não possuírem registro, impede a comercialização em estabelecimentos públicos.

Adab

A Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), vinculado à Secretaria da Agricultura do Estado (Seagri), também anunciou a normatização do Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade do Mel de Abelha Social sem Ferrão, do Gênero Melipona.

Em 2009, tiveram inicio as discussões na CSAM sobre a necessidade de normatização para este grupo de abelhas, gerando um estudo especifico no mestrado de Defesa Agropecuária idealizado pela Adab, em parceria com a UFRB, para caracterização de um padrão físico-químico direcionado ao mel deste grupo de abelhas na Bahia

A legislação será subsídio para as ações governamentais e vai respaldar os meliponicultores para as boas práticas de produção e processamento.

Colheita

Desta forma será possível adequar os métodos de colheita, beneficiamento, armazenamento e comercialização de produtos e derivados, agora registrados no Serviço de Inspeção Estadual.

A normatização foi publicada no Diário Oficial do Estado de 26 de novembro, através da Portaria 207, complementando no estado, as normas existentes para a cadeia produtiva do mel. A Instrução Normativa nº 11/2000, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), trata apenas dos produtos das abelhas da espécie Apis mellífera, com normas para a produção legal.

Apesar da grande quantidade de espécies de abelhas existentes na Bahia, apenas alguns grupos produzem mel suficiente para viabilizar economicamente a atividade, entre estas as do gênero Melipona, destacando-se as espécies M. scutellaris, M. quadrifasciata anthidioides e M. mandacaia.

Outro destaque foi a realização da terceira edição do Concurso de Mel e Pólen, promovido pela EBDA, no último sábado. O objetivo foi estimular a elaboração de produtos de qualidade. A premiação ocorreu nas categorias mel de abelha sem ferrão (meliponineas), mel de abelha com ferrão (africanizada) e pólen desidratado, da espécie Apis Mellífera. Os produtos foram avaliados por uma equipe técnica do Laboratório de Abelhas da EBDA, segundo os critérios: embalagens, parâmetros, sabor, odor, cor e fatores químicos como umidade, acidez e Ph.

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