terça-feira, 14 de abril de 2015

Fuja dos Emulsionantes!

Estudos apontam relação de emulsionantes e aditivos com várias doenças
Químicos estão presentes em comidas processadas

Emulsionantes e aditivos presentes em comidas processadas estão relacionados à obesidade e a uma série de doenças. Aquele sorvete ou margarina cremosos por semanas a fio tem um preço. Um estudo realizado em ratos e publicado na revista Nature mostrou a relação destes químicos com doenças.

Os cientistas da Universidade do Estado da Geórgia, nos Estados Unidos, mostraram que o consumo desses emulsionantes modificam a composição das bactérias do intestino e induzem à inflamação intestinal — que está diretamente relacionada com doenças como a colite ulcerativa, a doença de Crohn e a síndrome metabólica, um grupo de condições que aumentam o risco de diabetes tipo 2, doenças cardíacas e derrames.

Para chegar a esse resultado, a equipe liderada pelo microbiologista Benoit Chassaing alimentou os animais com emulsificantes diluídos em água. Além dos problemas já citados, eles ganharam peso e gordura abdominal. Os efeitos vistos nos ratos "podem ser vistos em humanos", destacou Chassaing, embora mais estudos precisam ser feitos para comprovar tal relação.

Os pesquisadores também destacaram que a incidência de doenças inflamatórias intestinais começou a crescer no início do século 20, mais ou menos ao mesmo tempo em que os fabricantes passaram a usar esses emulsificantes de forma generalizada. Os dois tipos testados foram carboximetilcelulose e polissorbato 80, os principais utilizados pela indústria alimentícia.

Em entrevista à agencia Reuters, o imunologista Andrew Gewirtz, que participou do trabalho, afirmou que o resultado surpreendeu.


— Nós estávamos pensando que havia algum fator não genético aí, algum fator ambiental, que poderia explicar o aumento de doenças inflamatórias crônicas. E nós achamos que os emulsionantes eram bons candidatos, porque eles são tão onipresentes e sua utilização tem um paralelo aproximado ao aumento das doenças. Mas, eu acho que ficamos surpresos com o quão forte os foram os efeitos — disse.

Leia mais no Sigulink:
http://www.reuters.com/article/2015/02/25/us-science-emulsifiers-idUSKBN0LT26S20150225

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