domingo, 13 de setembro de 2015

Pequeno Dicionario da Cozinha Baiana

Verbete C-Coquinho
O Coquinho vem a ser uma infusão de Cachaça dentro do Coco Seco ou Verde, muito comum em bares e barracas de prais, esta bebida também pode ser envelhecida, ficando enterrada durante alguns meses, o que concentra seu sabor.

O Coco da Baía faz parte dos sabores populares baianos, e por seu sabor peculiar, comunga com muitos elementos gastronômicos, transitando entre doces, comidas e bebidas.
Apesar do coco provir do sudeste Asiático ele foi introduzida, no Estado da Bahia, com muito exito, onde foi  assimilado pela nossa cultura.
O litoral nordestino é o maior produtor dessa palmeira, totalizando 90% da produção nacional. Enquanto o Brasil detém apenas 15% da produção mundial, pois ainda não é autossuficiente na produção desse fruto. Há uma diversidade muito grande de aproveitamento do coco, gerando cerca de 360 produtos, sendo 200 voltados para a alimentação. O consumo “in natura”, doces, água-de-coco e coco ralado são exemplos de utilização do coco na alimentação.

Sustentabilidade:
O lenho do coqueiro pode ser usado na marcenaria e como ornamentação. As folhas podem ser usadas para confecção de balaios, chapéus e outros. O coco gigante, que pode chegar a 25m de altura, produz o coco seco, muito utilizado nas indústrias alimentícias; já o coco anão, que pode chegar até 1,80 m, produz coco para o consumo “in natura”. Na cultura do coco, são feitos tratos culturais importantes e consórcios nas suas entrelinhas, o que gera um melhor aproveitamento da área de plantio. Na fase jovem da planta, até 3 ou 4 anos, o desenvolvimento e o início da produção de coco devem ser adiantados; já na fase adulta, os tratos culturais adequados devem fazer com que essa produção aumente e se mantenha regular.
Do Coco não se perde nada.
A cultura do coco no Litoral Norte ganhau força com a chegada do grupo holandês Aurantiaca, que está construindo a primeira fábrica de fibra de coco da Bahia, no município de Conde. A nova indústria vai gerar cerca de 500 empregos diretos e três mil indiretos, numa região que tem população estimada em mais de 12 mil pessoas. O complexo industrial terá capacidade para processar um milhão de cocos/dia, sendo 400 mil frutos secos e 600 mil frutos verdes.

Piet Dörr explicou que a indústria vai produzir inicialmente fibra, processando a casca do coco seco, matéria prima que hoje é descartada, e nos estágios seguintes produzirá óleo e água de coco. 

Gradagem
No cultivo de cocos gigantes, em regiões de sequeiro, a gradagem do solo representa um trato cultural que promove o controle de plantas invasoras com bastante eficiência. Com o passar do tempo, é preciso ter cuidado com essa prática, principalmente em solos de tabuleiros, pois pode provocar erosão e lixiviação de nutrientes, além da degradação das propriedades físicas, químicas e biológicas destes.

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