terça-feira, 8 de setembro de 2015

Vale do Capão, distrito de Palmeiras, na Chapada Diamantina vai sediar festival de Jazz

Festival de Jazz do Capão começa no dia 18 de setembro; veja programação
Evento será realizado na Chapada Diamantina.
Entrada é gratuita e além de música o evento terá workshop.

O Festival de Jazz do Capão, que acontece no Vale do Capão, distrito de Palmeiras, na Chapada Diamantina será realizado gratuitamente nos dias 18 e 19 de setembro. O evento pretende integrar os amantes do jazz a diversas atrações musicais nacionais e locais ao recanto ecológico do Vale do Capão.
O Vale do Capão resguarda paisagens deslumbrantes. O cenário é basicamente composto por grandes
cachoeiras, dentre outras preciosidades naturais.

Localizado no município de Palmeiras, a 445km de Salvador, o Vale do Capão resguarda paisagens deslumbrantes. O cenário é basicamente composto por grandes cachoeiras, áreas de Mata Atlântica, montanhas de até 1.500 metros, dentre outras preciosidades naturais. Não é à toa que o lugar detém famosíssimos paraísos ecológicos, como o Silêncio dos Gerais, a correnteza do Rio Preto, o imponente Morrão e o abismo onde caem as águas da Cachoeira da Fumaça – a mais alta do Brasil.

O clima tropical, com temperatura média anual variando entre 22° e 24°C, favorece todos os tipos de passeios. Um dos mais cogitados entre os visitantes é o ecoturismo, garantido pelas belezas que acompanham as famosas caminhadas. Elas podem ser feitas por trilhas mais longas, como a que segue do Vale até Lençóis, ou as mais curtas, a exemplo das que ligam pontos turísticos e algumas comunidades. A diferença do Capão para os outros locais da Chapada está no conceito que foi desenvolvido há mais de 20 anos. O lugarejo já teve o garimpo como sua principal atividade, assim como o restante da Chapada. Os garimpeiros se aventuravam pelas serras, riachos, rios e tocas à procura de diamantes. Com a chegada dos alternativos, ainda embalados pelo sonho dos anos 70, a vida no Capão mudou completamente.


Ao contrário dos garimpeiros, que buscavam a concentração de riquezas, as comunidades alternativas não queriam extrair nada do lugar, e sim somar. Um grupo de oito pessoas resolveu fundar uma comunidade, chamada de Lothlorien – palavra que, em celta, quer dizer “sonho dourado”. 

Neste projeto destaca-se a figura do médico naturalista Áureo Augusto, que, depois de curar-se de uma doença através do naturismo, resolveu criar uma clínica voltada para a cura através de técnicas alternativas.

Chapada Diamantina se especializa na produção de alimentos orgânicos
Por Verusa Pinho e Caiã Pires

Segundo o Ministério da Agricultura, o Brasil já ocupa posição de destaque na produção mundial de orgânicos. Com alimentos de melhor qualidade e, consequentemente, mais nutritivos, esse sistema de cultivo tem sido a melhor opção para garantir a preservação do equilíbrio ambiental e a saúde de produtores e consumidores. Dispensando o uso de fertilizantes sintéticos, agrotóxicos e transgênicos, a agricultura orgânica prioriza a redução do desperdício e ajuda a manter a biodiversidade.

Fazenda Ceral, uma das áreas da Bioenergia Orgânicos
Diante desse cenário promissor, as condições climáticas favoráveis e os recursos hídricos disponíveis fizeram a Chapada Diamantina ser a região escolhida para se tornar um grande polo na produção de fruticultura tropical orgânica. Desde 2009, uma das suas famosas cidades turísticas, Lençóis, conhecida internacionalmente pela rica história e belezas naturais, tornou-se a sede da Bioenergia Orgânicos, empresa brasileira que pretende implantar um grande complexo industrial na região.

“Idealizamos a Bioenergia há dez anos, visando à área do agronegócio, e decidimos que seria através da agricultura orgânica. Pesquisamos todos os estados, chegamos à Bahia e à Chapada Diamantina. A pesquisa se iniciou em 2006 e, três anos depois, instalamos a empresa em Lençóis, lugar que oferece todas as condições exigidas pelo projeto: áreas virgens, reserva pra servir de cortina natural, clima adequado, água e mão de obra sem o vício da agricultura convencional – com destaque para a participação de trabalhadores das comunidades quilombolas de Una e Remanso. Desde 2010, contamos com a parceria da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Mandioca e Fruticultura, que assessora nossas atividades com pesquisa e tecnologia”, explica Osvaldo Araújo, ao lado do sócio Evanilson Montenegro, responsáveis pelo projeto.

Cachaça orgânica Serra das Almas
A Serra das Almas, foi eleita a melhor cachaça prata do país pela revista VIP em 2011. É possível visitar o alambique onde é produzida na zona rural do município de Rio de Contas e conhecer a produção tradicional e artesanal da bebida. Mais informações: cachacaorganica.com.br

Doces D’afra
Os doces caseiros de Campos do São João, vilarejo do município de Palmeiras, carregam consigo o gostinho da fazenda e também de ingredientes da região, como a invenção do incrível doce de chocolate com licuri, fruto de uma palmeira muito comum no sertão nordestino.

Mel orgânico Flor Nativa
Com uma produção anual de 15 toneladas de mel de abelha orgânico, o Vale do Capão, - distrito do município de Palmeiras, na Chapada Diamantina -, já é destaque nacional. Os apicultores locais estão vinculados à Associação de Apicultura do Vale do Capão (Flor Nativa), que obteve a certificação de qualidade do Instituto Biodinâmico (IBD).

Na década de 90, os técnicos da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA) perceberam o potencial regional para a produção do mel e passaram a capacitar os agricultores. A empresa promoveu curso de Iniciação à Apicultura (convencional) em 1998 e ajudou a fazer os projetos para o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) a partir de 2003. Em 2005, por iniciativa própria, a Flor Nativa começou a trabalhar com o mel orgânico, visando melhorar a qualidade do produto.

Com 27 associados e 1.200 colmeias, a Flor Nativa apresenta os requisitos exigidos para o trabalho com o mel orgânico. O primeiro passo é não alimentar artificialmente as abelhas. Outra condição a ser seguida é que os apiários sejam colocados em matas nativas, com a distância mínima de 3 km da área urbana e de qualquer cultura que trabalhe com agrotóxico, ou seja, locais que possam contaminar o mel. Como as caixas e melgueiras só podem ser pintadas externamente, os apicultores estão substituindo as tintas convencionais por materiais orgânicos como cera e própolis.

É único mel com certificação orgânica da Bahia e produzido de forma coletiva, por 28 apicultores sócios da Associação de Apicultura do Vale do Capão. Foi eleito o melhor mel por três vezes: nos Congressos Baianos de Apicultura dos anos 2005 e 2012 e, em 2009, no Congresso Nordestino de Apicultura. Mais informações: flor.nativa.blog.uol.com.br

Terroá Cafés Especiais
Possui três blends que são compostos por uma seleção dos melhores grãos de Piatã, eleito o melhor do país em 2009, no Cup of Excellence, concurso de qualidade de cafés do Brasil. Eles são torrados em equipamentos com tecnologia de ponta e selecionados de forma artesanal. O resultado são cafés de aroma inesquecível e sabor muito agradável, proporcionando uma verdadeira experiência sensorial.

O pianista Ricardo Castro abre a programação musical do festival com um concerto solo, no dia 18 de setembro, às 19h, no Circo do Capão. Na mesma noite, a partir das 20h30, subirão ao palco da praça, montado no centro da vila, o multi-instrumentista chileno radicado na Bahia, Jorge Solovera, o acordeonista Toninho Ferragutti e Quinteto, além de grupos locais, como o Coral do Capão, Bando Passarim e Elixir Tafari, que integram a "Mostra Capão".

No dia 19, quem abre a noite é o pianista fluminense André Mehmari com um concerto solo no Circo do Capão, às 19h. Depois, na praça, apresentam-se o grupo afro percussivo Aguidavi do Jêje, seguido do trompetista Joatan Nascimento, acompanhado do seu sexteto, com o show Back To The 70’s e da cantora, compositora, arranjadora e instrumentista Joyce Moreno e trio.

Segundo Rowney Scott, músico e idealizador do festival, a edição deste ano traz como novidade a realização de shows dentro do Circo do Capão, até então realizados apenas na praça principal. No Circo, eram realizados apenas os workshops.
Dia 18/09 (sexta-feira)
Circo Capão
9h30 – workshop com Luizinho do Jêje
14h – workshop com Joyce Moreno
19h - Show de Ricardo Castro
Praça (a partir das 20h30)
- Mostra Capão: Coral do Capão, Bando Passarim e Elixir Tafari (cada grupo terá 20 minutos para se apresentar)
- Jorge Solovera
- Toninho Ferraguti Quinteto

Dia 19/09 (sábado)
Circo Capão
9h30 – workshop com Toninho Ferragutti
14h – workshop com André Mehmari
19 h – show com André Mehmari
Praça (a partir das 20h30)
- Aguidavi do Jêje
- Joatan Nascimento Sexteto
- Joyce Moreno e trio
Serviço
Festival de Jazz do Capão - 2015
Quando: Sexta e sábado, 18 e 19 de setembro
Onde: Vila (praça) e Circo do Capão (Vale do Capão)
Quanto: Programação gratuita

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