quinta-feira, 16 de julho de 2015

"Um lugar onde primeiro se avista o sol"

A comida mineira de Araxá

Famosa como uma das mais características do Brasil, a comida mineira reúne simplicidade, sabor e tradição, que remonta à época do ciclo do ouro e pedras preciosas, resultado do encontro de diferentes raças e culturas que, entre a necessidade de se comer bem com pouco tempo e recursos disponíveis, moldaram a culinária mineira.
O tempo passou, os costumes evoluíram e a cozinha mineira manteve suas características, ganhando destaque dentro e fora do Brasil. 
A simplicidade marcante da culinária mineira e seu sabor característico estão intimamente ligados ao período colonial. O modo de preparo e os temperos fáceis garantem a confecção de pratos típicos, ricos e variados, como diferentes tipos de linguiça, o torresmo, o feijão tropeiro e o frango com quiabo, angu e couve, sem falar nos queijos, doces, bolos, broas e o apreciado pão de queijo. A cachaça mineira ganhou destaque como bebida apreciada pelo europeu e exportada para diversas partes do mundo.

Podemos considerar que uma tradição se mantem de muitas formas, mas registar em livro como foi o caso do livro "Araxá poe a Mesa", foi uma forma mais que bela de perpetuar toda a riqueza culinária de uma localidade, foi dar vida as grandes personagens da nossa historia, mulheres, cozinheiras e toda a comunidade de Araxá.

Os cartazes turísticos em Araxá sempre dão extrema importância às influências indígenas na cidade.
O nome Araxá é um nome indígena onde significa  
"Um lugar onde primeiro se avista o sol"

A primeira referência aos índios Araxás, onde habitavam as terras entre o Rio das Velhas (Araguari) e o Rio Quebra Anzol, foi feita pela expedição de Lourenço Castanho Ta ondes, no século XVI. 
A presença dos índios e a proximidade do Quilombo do Ambrósio constituíram obstáculo à ocupação das terras da região. 
Em 1759, Bartolomeu Bueno do Prado, comandando uma expedição, conseguiu destruir a famosa aldeia de escravos fugitivos.
Sete anos depois, Inácio Correia Pamplona exterminou a tribo de índios Araxás.  Os primeiros povoados da região foram para o Desembo, distrito de Sacramento, atraídos pela exploração do ouro. 
Posteriormente, com a decadência da mineração, esses moradores dedicaram-se à criação de gado. Entre 1770 e 1780, Araxá recebeu seus primeiros moradores, e surgiram as primeiras fazendas da região. Descoberta a fertilidade da terra e o sal mineral nas águas do Barreiro, o povoamento de Araxá se intensificou. 
Em 1791, foi criada a Freguesia de São Domingos do Araxá e nomeado o primeiro vigário. Em 1795, teve a construção da primeira Igreja Matriz de São Domingos por Alexandre Gondin, onde teve suas obras concluídas em 1800. A edificação da Igreja de São Sebastião, por José Pereira Bom Jardim, ocorreu em 1820. A Capitania de São Paulo e Minas do Ouro foi criada em 1709 e desmembrada em 1729, com a  delimitação da Capitania de Minas Gerais. Na segunda metade do século XVIII, a região do Triângulo Mineiro foi anexada à Goiás, atendendo a um movimento dos moradores do Desembo onde a Freguesia de São Domingos é elevada a Julgado de São Domingos de Araxá, em 20 de dezembro de 1811, desmembrando-se do Julgado do Desembo onde.

 A partir de janeiro de 1812, começou a exercer jurisdição civil e criminal, possuindo seu Juiz Ordinário. Em 1816, graças ao movimento dos moradores do Julgado de Araxá, o Sertão da Farinha Podre (Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba), anexado desde 1766 à Capitania de Goiás, retornou à Jurisdição de Minas Gerais. Ana Jacinta de São José.

Dona Beja é um nome conhecido de qualquer habitante de Araxá. Ana Jacinta de São José, seu nome verdadeiro, foi uma mulher que viveu na região de Araxá durante o século XIX, entretanto sua história hoje já possui ares míticos. Dona Beja chegou a Araxá no ano de 1805, com os avós. 

Ana Jacinta, ao crescer, tornou-se uma das mais bonitas mulheres da região, fato que extrapolava, inclusive, os limites da cidade. Era apaixonada por um fazendeiro da região, Manoel Fernando Sampaio. Entretanto, seu amor não pode ser consumado, já que foi sequestrada pelo ouvidor do imperador, Joaquim Inácio Silveira da Motta. Depois de dois anos vivendo como amante do ouvidor, ele retorna a Portugal, e Ana Jacinta a Araxá. 

Logo ao chegar na cidade, descobre que seu antigo amor havia casado com outra. A sociedade de Araxá, bastante conservadora na época, via Ana Jacinta como uma mulher fácil, perigosa e ardilosa. Colocada às margens da sociedade e sem ter seu amor correspondido por seu amor, Ana resolve então prostituir-se, e vingar-se da cidade relacionando com todos os homens casados que viessem procurá-la. Ela construiu na cidade um célebre bordel, chamado “Chácara do Jatobá”, e escolhia os homens que dormiriam com ela, em troca de dinheiro e jóias. Com isso, acabou construindo fortuna, e, segundo a lenda, depois de ter engravidado do próprio Antônio, resolve sair da cidade e ir viver na cidade hoje chamada Estrela do Sul. 


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