domingo, 16 de agosto de 2015

Memoria talvez seja a palavra chave para expressar o sentido na cozinha baiana.

Cozinha forjada em pequenos espaços coletivos onde a memoria sempre foi seu maior aliado.


A culinária da Bahia, com seus elementos intensos, sabor e cor, são tao marcantes como a presença inaudita de um passado difícil, mas na resiliência da a sua melhor prova de fé e força, ao longo da historia demonstrando muito mais uma força positiva, que apego aos momentos mais perversos da sua trajetória.
A força simbólica de seus elementos perpassa não só os itens palpáveis, produtos receitas ou o alimento em si, mas antes de tudo a inter-relação social espantosa que consegue transmitir, fazendo frente a todas as dificuldades encontradas em seu caminho. 
Muito da condição desta força provem do cultivo de uma memoria treinada, exercida no cotidiano, na lida diária, nos nomes das folhas e seus cânticos repetidos no candomblé ou nos rituais de preparações de fartas comidas diárias.
A é onde se mostra o verdadeiro ethos, desta gastronomia, a generosidade da partilha, a força que vem da união em volta da mesa na confecção de um prato que alimenta o mundo.

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