quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Produtos da agricultura familiar poderão alimentar reeducandos do sistema penitenciário

Em Mato Grosso, uma parceria entre as secretarias de estado de Agricultura Familiar e de Justiça e Diretos Humanos (Sejudh), com o apoio dos municípios irá garantir uma nova alternativa de comercialização para os produtos oriundos da agricultura familiar.


Na manhã de ontem, representantes do Governo de Mato Grosso estiveram em Lucas do Rio Verde para apresentar o Programa Estadual de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar (Peaf).

Segundo o analista de desenvolvimento econômico, Luciano Gomes, o programa tem como objetivo
incentivar a agricultura familiar por meio da compra direta de alimentos das empresas que fornecem as refeições para os centros socioeducativos e presídios do estado.

Entre os reeducandos do sistema prisional e os adolescentes das instituições de atendimento socioeducativo de Mato Grosso, são servidas todos os dias aproximadamente 22 mil refeições ou 660 mil refeições por mês.

O analista explicou que a compra dos produtos da agricultura familiar será realizada diretamente pela empresa responsável pela elaboração das refeições, com o apoio dos sindicatos e da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer).

Um levantamento com a demanda de alimentos das empresas e a capacidade de produção da agricultura familiar do estado está sendo realizado. Estima-se que somente de frutas, legumes e verduras sejam necessários 1.5 tonelada por dia.

“As visitas e as reuniões com os agricultores nos municípios polos é pra poder divulgar o programa e colocar o contato das empresas nos escritórios da Empaer, sindicatos e associações, para que os agricultores possam ter acesso e vender para as empresas”, ressaltou Gomes.

De acordo com a secretária municipal de Agricultura de Lucas do Rio Verde, Luciane Copetti, o projeto é uma nova oportunidade de comercialização de produtos que se abre para os agricultores familiares.

Atualmente os alimentos produzidos no município são comercializados nos supermercados, feira do produtor e representam 38% da merenda escolar. Outra alternativa, aberta recentemente, foi o Restaurante do Trabalhador, que tem como meta ofertar 1.500 refeições por dia.

“A agricultura familiar representa somente 38% da merenda escolar, mas poderia ser 100%, basta produzir. Isto é pra mostrar para os agricultores que existe mercado, que é possível produzir e obter renda nessa atividade”, finalizou Luciane.

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