segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Uma pesquisa realizada na China sugere que o consumo frequente de comida apimentada - especialmente a temperada com pimenta malagueta fresca - pode aumentar a longevidade.

O consumo regular de comida picante estaria associado a uma longevidade maior e a um risco menor de contrair câncer, doenças coronarianas ou respiratórias, segundo um estudo chinês publicado pela revista britânica BMJ, mas questionado por alguns especialistas.

Pesquisadores examinaram a dieta de quase 500 mil pessoas na China durante sete anos e observaram que os que consumiam comida picante uma ou duas vezes por semana tinham uma redução de 10% no risco de morte na comparação com os que consumiam este tipo de refeição menos de uma vez por semana.
O risco foi reduzido ainda mais, em 14%, entre aqueles que consumiam comida picante entre três e sete dias por semana.
Os cientistas notaram que o principal componente ativo da pimenta, a capsaicina, já tinha sido apontado como antioxidante e anti-inflamatório.
A partir de um grupo de 490.000 chineses com idades entre 30 e 79 anos, observados em média por sete anos, o estudo afirma que “aqueles que consomem alimentos condimentados quase todos os dias têm 14% menos possibilidades de morrer que aqueles que comem alimentos picantes menos de uma vez por semana”.
A associação vale tanto para homens quanto para mulheres e é ainda mais importante para os que consomem comidas picantes mas não bebem álcool. O consumo frequente de comida picante também foi associado no estudo especificamente a um risco menor de morte por câncer, doença coronariana ou respiratória.

A pimenta, o condimento mais utilizado na China, contém capsaicina, que segundo os coordenadores da pesquisa também ajudaria a combater a obesidade, além de ter efeitos anti-inflamatórios, antioxidantes e contra o câncer. Apesar do número considerável de pessoas observadas, o estudo apresenta alguns pontos frágeis, em particular a falta de informações detalhadas sobre a composição das refeições dos participantes.


“Não sabemos se as correlações observadas são resultado direto do consumo de pimenta ou a simples consequência de outros elementos favoráveis da alimentação que não foram levados em consideração”, comentou Nita Forouhi, uma especialista em Nutrição da Universidade de Cambridge.

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