A palavra "pitanga" vem do termo tupi antigo ybápytanga, que significa "fruto avermelhado"
Assim, chorar as pitangas seria o mesmo que verter muitas lágrimas, até
os olhos ficarem avermelhados.
De acordo com o folclorista Luís da
Câmara Cascudo, em seu livro Locuções Tradicionais do Brasil, "a imagem
associada impôs-se: 'chorar pitanga' pelo lusitano 'chorar lágrimas de
sangue', na sugestão da cor".
A Pitangueira é uma árvore nativa da Mata Atlântica brasileira, em
regiões de clima subtropical.
Além do Brasil, as árvores podem ser
encontradas na ilha da Madeira em Portugal, América do Sul, América
Central, América do Norte e África. Inclui os sinônimos botânicos Eugenia
brasiliana, Eugenia costata, Eugenia indica, Eugenia lacustris, Eugenia
michelii, Eugenia microphylla, Eugenia parkeriana, Myrtus brasiliana,
Plinia pedunculata, Plinia rubra, Stenocalyx affinis, Stenocalyx
brunneus, Stenocalyx dasyblastus e Stenocalyx glaber.
As
pitangas podem ter as cores vermelha, amarela ou preta, além das cores
dependentes de seu grau de maturação, como verde, amarelo, alaranjado
até a cor vermelho intenso. A palavra “pitanga” vem do termo tupi pi’tãg,
que significa “vermelho rubro”, em referência à cor mais comum do
fruto. Os frutos não costumam ser produzidos comercialmente visto que
são frageis e o transporte os danificam facilmente, porém a planta é
cultivada tradicionalmente em áreas domésticas como quintais e
propriedades rurais. A espécie Eugenia uniflora faz parte da
Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS (RENISUS),
constituída de espécies vegetais com potencial de avançar nas etapas da
cadeia produtiva e de gerar produtos de interesse do Ministério da Saúde
do Brasil.
A pitanga é uma fruta rica em cálcio, vitaminas A, C, do complexo B,
ferro e fósforo, e pode ser consumida in natura ou na forma de sucos,
batidas, geléias e outras sobremesas caseiras. Para o preparo de
geléias, por exemplo, basta usar a proporção de 1:2 de água e pitangas
fervidas e coadas e depois juntar açucar à mistura e cozinhar. A pitanga
pode trazer benefícios para diabéticos, hipertensos, além de apresentar
propriedades medicinais antivirais, antifúngicas, antitumorais e
analgésicas.
A fruta apresenta ainda compostos fenólicos com ação
hipoglicemiante, e, além disso, a pitanga causa a inibição das enzimas
alfa-glicosidase, maltase e sucrase, que são moléculas que impedem a
quebra das moléculas de açúcar no organismo e podem, desta forma,
contribuir no tratamento do diabetes.
O extrato de pitanga é
utilizada na indústria cosmética na fabricação de banhos de espuma,
cremes, géis, loçoes shampoos, e condicionadores, devido às suas
propriedades remineralizantes, hidratantes e suavizantes, em decorrência
da presença de glicídios, sais minerais, proteínas e vitaminas
presentes na fruta. O ácido ascórbico em sua composição possui ação
antioxidante e previne o envelhecimento precoce, que é reforçado pelo
efeito de renovação celular através da ação dos alfa-hidroxiácidos.
Geléia de Pitanga
Lave bem as pitangas
Comece separando e lavando bem as suas pitangas.
Retire aqueles cabinhos que ficam na parte de baixo das frutas.
Adicione o açúcar cristal
Eu utilizo o açúcar cristal em minha receita, na proporção de 3/4 de parte de açúcar para cada parte de fruta.
Coloque tudo em sua panela e leve ao fogo baixo. Adicione meia xícara de água ou proporção, apenas para iniciar o cozimento. A própria fruta vai soltar bastante suco.
Mexa e deixe levantar a fervura
Deixe levantar a fervura e mexa delicadamente, sem esmagar as frutinhas.
Retire as sementes que vão começar a boiar
Em poucos minutos de fervura, a polpa vai começar a soltar sozinha das sementes. Quando elas começarem a aparecer, remova com uma colher.
Cuide para não machucar as sementes durante essa etapa, para que sua geléia não amargue, e certifique-se que retirou todas.
Agora temos somente a polpa sem as sementes e vamos deixar apurar até que ela adquira um aspecto gelatinoso, típico da geléia. Levará uns 40 minutos em fogo baixo.
A geléia de pitanga chega no ponto facilmente, mas uma casca de maçã ajuda a acelerar essa etapa. Fica mais essa dica. É só colocar durante o cozimento e retirar assim que desligar o fogo.
Se você for preparar grandes quantidades para muitos potes, adicione algumas gotas de limão. O limão funcionará como um conservante natural.
Geléia de pitanga pronta e no ponto
Minha geléia reduziu e chegou no ponto que gostamos. Agora vou esperar esfriar um pouco antes de colocar nos potes de vidro.
Não se preocupe com a espuma, que vai desaparecer quando a geléia estiver mais fria.
Aqui em casa gostamos da textura da polpa da fruta mais pedaçuda, assim eu guardo a minha geléia desse modo. Se você prefere uma geléia mais lisa, passe toda a mistura por uma peneira antes de guardar nos potes.
Pra guardar nos potes lembre de esteriliza-los antes, e se for guardar sua geléia por um tempo prolongado, não esqueça de fecha-los hermeticamente, fervendo os vidros com o conteúdo dentro, para criar o vácuo.
Como nós consumimos rapidinho nossa geléia, mal ela esfriou na geladeira, já veio fazer companhia para uma fatia de bolo, um jeitinho bem gostoso de saborea-la.
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