Este ácido graxo também aumenta o colesterol ruim e diminui o bom e é prejudicial para gestantes e lactantes.
Conhecida por aumentar o colesterol e ser prejudicial ao coração, a gordura trans também pode afetar o cérebro.
Um levantamento norte-americano mostrou que o consumo excessivo de alimentos industrializados, como batata frita, margarina, salgadinhos, fast food e biscoito recheado, prejudica a memória dos homens entre 20 e 45 anos.
A pesquisa da Universidade da Califórnia analisou mil voluntários, nesta faixa etária, por meio de questionário sobre hábitos alimentares. Após respondê-lo, eles participaram de um teste de memória, no qual assistiram a uma sequência de 86 palavras e depois informaram se o vocábulo que estavam lendo no momento era igual ao anterior. Os cientistas perceberam que os entrevistados que ingeriam mais comidas com gordura trans apresentaram pior resultado: eles erraram 11 palavras a mais em relação aos que evitavam os alimentos com a substância.
A gordura trans é um tipo de gordura (ácido graxo) que difere em sua ligação química de outros ácidos graxos insaturados.
Ela contém ácidos graxos na configuração trans, por um tipo de processo de hidrogenação, que ocorre naturalmente, produzidos a partir da fermentação de bactérias em animais ruminantes, ou artificialmente, pela indústria alimentícia.
A presença da placa de ateroma aumenta o risco de infarto e AVC, pois pode se deslocar nos vasos sanguíneos, diminuindo ou bloqueando o fluxo sanguíneo para importantes órgãos do corpo, como o coração, ocasionando o infarto, ou cérebro, causando o AVC.
Conhecida por aumentar o colesterol e ser prejudicial ao coração, a gordura trans também pode afetar o cérebro.
Um levantamento norte-americano mostrou que o consumo excessivo de alimentos industrializados, como batata frita, margarina, salgadinhos, fast food e biscoito recheado, prejudica a memória dos homens entre 20 e 45 anos.
A pesquisa da Universidade da Califórnia analisou mil voluntários, nesta faixa etária, por meio de questionário sobre hábitos alimentares. Após respondê-lo, eles participaram de um teste de memória, no qual assistiram a uma sequência de 86 palavras e depois informaram se o vocábulo que estavam lendo no momento era igual ao anterior. Os cientistas perceberam que os entrevistados que ingeriam mais comidas com gordura trans apresentaram pior resultado: eles erraram 11 palavras a mais em relação aos que evitavam os alimentos com a substância.
A gordura trans é um tipo de gordura (ácido graxo) que difere em sua ligação química de outros ácidos graxos insaturados.
Ela contém ácidos graxos na configuração trans, por um tipo de processo de hidrogenação, que ocorre naturalmente, produzidos a partir da fermentação de bactérias em animais ruminantes, ou artificialmente, pela indústria alimentícia.
Os alimentos de
origem animal, derivados de animais ruminantes, como o leite e a carne,
possuem gorduras trans, mas em quantidades insignificantes. Hoje, o
maior consumo está relacionado aos alimentos industrializados, onde a
gordura trans também pode ser reconhecida como gordura hidrogenada.
Um óleo encontrado
na natureza, por exemplo, possui os átomos distribuídos em posição
paralela.
No entanto, quando é submetido ao tratamento industrial de
hidrogenação, a estrutura química do óleo é modificada, fazendo com que
os ácidos graxos fiquem com os átomos em alinhamento transversal - que
constituem parte da confecção da gordura trans.
Apesar de os pesquisadores terem analisado apenas homens, o
mal também pode ocorrer com mulheres, diz a nutricionista funcional
Carla Cotta. Ela afirma que a gordura trans é consistente e pouco
fluida, o que provoca maior aderência desse elemento nos vasos
sanguíneos. “Essa substância é difícil de ser quebrada e digerida,
dificultando a circulação de sangue pelo corpo. Outra característica da
gordura trans é liberar radicais livres no organismo. Essas moléculas
danificam as células nervosas, o que interfere na memória”, acrescenta a
especialista da Clínica Essendi.
Para evitar que esse transtorno ocorra, a
nutricionista sugere a adoção de uma dieta rica em alimentos com
substâncias anti-oxidantes, como frutas e vegetais. Carla destaca que
essas comidas diminuem a quantidade de radicais livres do organismo,
ajudando na proteção das células cerebrais ligadas à memória. “Além
disso, as frutas e os vegetais repõem nutrientes fundamentais na dieta,
que normalmente não têm em produtos enlatados”, ressalta a especialista.Malefícios da gordura trans
A gordura trans não é
essencial para o organismo, e não oferece nenhum tipo de benefício à
saúde. Por isso, não há recomendação de consumo ou valor máximo
tolerado. Ao contrário, esse tipo de gordura tem como principal efeito
metabólico alterações que prejudicam a saúde. São elas:
Reduz o colesterol bom e aumenta o ruim: A
gordura trans aumenta o LDL-c, colesterol ruim, devido à supressão das
atividades de seu receptor no fígado. Isto faz com que o LDL-c continue
circulando no organismo, acumulando no plasma e elevando o risco de
doença arterial coronariana pelo depósito do colesterol na parede do
vaso sanguíneo. Estudos científicos citam que após os 20 anos de idade, o
receptor de LDL-c já diminui sua eficiência, assim como em mulheres no
período pós-menopausa.
O colesterol HDL,
conhecido como o bom colesterol porque auxilia na remoção das moléculas
de colesterol dos vasos sanguíneos, o que evita seu acúmulo progressivo e
consequente processo de aterogênese (formação de placa de ateroma), é
reduzido com a ingestão da gordura trans.
Bolachas recheadas são ricas em gorduras trans |
Maior risco de AVC e infarto:
As chances da pessoa sofrer um acidente vascular cerebral aumentam com
maior ingestão de gorduras trans. Isto ocorre devido ao acúmulo de
colesterol nos vasos sanguíneos, que culmina com todo um processo
inflamatório, a aterogênese, que forma a placa de ateroma.
A presença da placa de ateroma aumenta o risco de infarto e AVC, pois pode se deslocar nos vasos sanguíneos, diminuindo ou bloqueando o fluxo sanguíneo para importantes órgãos do corpo, como o coração, ocasionando o infarto, ou cérebro, causando o AVC.
Prejudicial para gestantes e lactantes:
Alguns estudos científicos sugerem que a gordura trans é transportada
através da placenta, sendo transferida da mãe para o feto. E o efeito é
dose-resposta, ou seja, quanto maior o consumo de alimentos ricos em
gorduras trans na gestação, maior o risco de transferir a gordura trans
ao bebê.
A literatura
científica também sugere que a gordura trans pode afetar o crescimento
intrauterino do bebê, por inibição da biossíntese dos ácidos graxos
poli-insaturados araquidônico e docohexaenóico, essenciais no processo
de crescimento fetal.
Mães que amamentam
também tem esse risco aumentado, visto que há alguns estudos que relatam
a transferência da gordura trans pelo leite materno. Por isso, é muito
importante um acompanhamento nutricional e uma alimentação totalmente
equilibrada e saudável ao longo da gestação e período de amamentação.
Alimentos ricos em gorduras trans
As gorduras trans podem ser encontradas em diversos alimentos. Elas são adicionadas com o intuito de prolongar a duração (vida útil) dos produtos e melhorar a consistência e a aparência.
Alguns chocolates contam com gordura trans
Alguns exemplos de
alimentos que possuem a gordura trans são: margarinas sólidas ou
cremosas, recheios de biscoitos, salgadinhos de pacote e congelados,
como salgadinhos de festa, ou pizza congelada, pastéis, macarrão
instantâneo, sopas e cremes em pó, coberturas, sorvetes, pães, alimentos
pré-assados ou fritos, bolos, tortas, pipoca de micro-ondas, glacê
pronto para consumo, dentre outros alimentos industrializados.
Como evitar a gordura trans
Uma dica para evitar
as gorduras trans é comprar os produtos frescos e realizar a preparação
e o processo de congelamento, se necessário, em casa.
A verificação do
rótulo do produto é fundamental para escolher aqueles com menor conteúdo
de gordura trans. O consumidor deve estar atento à lista de
ingredientes, a nomes como "gordura hidrogenada" e "gordura parcialmente
hidrogenada". Também, atenção ao produto cujo fabricante admite no
rótulo que "não contém gordura trans". Como forma de compensar, alguns
produtos não possuem a gordura trans, mas possuem a gordura saturada em
maior quantidade. Apesar dessa ser melhor assimilada pelo organismo,
deve-se optar pelos alimentos fonte de gorduras insaturadas, com
benefícios à saúde já comprovados cientificamente, como o azeite de
oliva extra virgem e óleo de canola, por exemplo.
Uma pesquisa
realizada pela Universidade Federal de Santa Catarina listou 23
ingredientes que podem conter a gordura trans. Confira:
- Gordura de soja parcialmente hidrogenada
- Gordura hidrogenada
- Gordura hidrogenada de soja
- Gordura parcialmente hidrogenada
- Gordura parcialmente hidrogenada e/ou interesterificada
- Gordura vegetal hidrogenada
- Gordura vegetal parcialmente hidrogenada
- Hidrogenada
- Margarina vegetal hidrogenada
- Óleo de milho hidrogenado
- Óleo vegetal de algodão, soja e palma hidrogenado
- Óleo vegetal hidrogenado
- Óleo vegetal líquido e hidrogenado
- Óleo vegetal parcialmente hidrogenado
- Creme vegetal
- Composto lácteo com gordura vegetal (2º ingrediente gordura vegetal)
- Gordura
- Gordura vegetal
- Gordura vegetal de girassol
- Gordura vegetal de soja
- Margarina
- Margarina vegetal
- Mistura láctea para bebidas (3º ingrediente gordura vegetal).
Quantidade recomendada
Não há recomendação de ingestão diária de gordura trans. No entanto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) orienta que o consumo máximo desse tipo de gordura deve ser menor do que 2 gramas por dia. Segundo a OMS, um consumo de 5 gramas de gordura trans por dia aumenta em 23% o risco de doenças coronarianas.
Seu corpo pode dar
sinais de que você está abusando das gorduras trans. Seus marcadores
bioquímicos cardiovasculares podem estar alterados, como o perfil
lipídico. Por isso, é primordial um acompanhamento regular e realização
de exames periódicos. E claro, evitar ao máximo a ingestão de alimentos
que contam com a gordura trans.
Fontes consultadas:
Nutrólogo Durval
Ribas, presidentes da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).
Nutricionista Patrícia Carvalho de Jesus, mestre em Saúde Coletiva pela Universidade Federal Fluminense.
Nutricionista Patrícia Carvalho de Jesus, mestre em Saúde Coletiva pela Universidade Federal Fluminense.
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