Entender a cultura organizacional de um comércio ambulante que vende um produto com características étnicas, requer uma decodificação dos significados que se constroem a partir da origem e que se
re-significam em outro contexto, mediante o intercruzamento de saberes, fazeres, experiências sensoriais e emocionais permeadas pelas culturas em questão, aqui no caso, africana e brasileira, baiana e gaúcha, soteropolitana e porto-alegrense, é o que se propoe Neusa Rolita Cavedon – Professora do PPGA/EA/UFRGS, Pesquisadora do CNPqno trabalho, ”Todo mundo gosta de acarajé, o trabalho que dá pra fazer é que é”: a cultura organizacional do Pedacinho da Bahia.
”A alimentação como objeto de conhecimento é, também, uma ferramenta de educação, pois, as tradições, as representações, as linguagens, as idéias e teorias despertam
curiosidades, verificações e comunicações.
Quanto mais o indivíduo percebe as diferenças, mais aumenta as possibilidades da busca do saber. A complexidade humana reúne e organiza conhecimentos dispersos, o ensino através das origens do cultivo, do preparo, do servir, do comer, dos tabus, dos hábitos e comportamentos, das superstições e costumes alimentares, estabelece uma comunicação entre disciplinas e a compreensão da trajetória das sociedades humanas. A cultura é construída por fragmentos, separações e distinções que se reúnem e se articulam.
A coisa e a causa se confundem”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário