Como afirma Manuel Correia de Andrade (1998), é o Nordeste uma das regiões geográficas mais discutidas e menos conhecidas do Brasil. Como ocorre com as regiões geográficas, nem os seus limites naturais, nem a sua extensão são razoavelmente estabelecidos.
A natureza não dá pulos, nem sofre mutações bruscas nas suas paisagens. O Nordeste tem sido pouco estudado e pouco pesquisado por especialistas em ciências naturais e sociais que o tenham realmente observado, trocando idéias com os seus habitantes, aplicando inquéritos pacientemente, procurando analisar e conhecer as características e os problemas regionais.
Chef Claudemir, Sofia Mota e Rivandro França |
As demandas por novas pesquisas em que se observam velhos e novos problemas relacionam-se com os temas do desenvolvimento sustentável e a multifuncionalidade do espaço rural, baseados na diversificação das atividades econômicas e sociais, nos novos serviços ambientais, reconhecendo-se nas comunidades tradicionais funções públicas para com a sociedade, quais sejam, preservar o meio ambiente e a paisagem, cuidar dos animais, planejar o Território, gerar ocupações para as próprias famílias e terceiros, preservar e valorizar as culturas regionais.
Geograficamente, o Agreste é uma faixa estreita, paralela à costa do Oceano Atlântico, que se estende do Rio Grande do Norte até a Bahia, passando pelos estados da Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Sergipe. Na face leste do Agreste, mais próximo à Zona da Mata, o clima é mais úmido. medida que se avança para o interior, aproximando-se do Sertão, o clima fica cada vez mais seco, e a paisagem mais árida.
As maiores cidades nordestinas situadas no Agreste são: Caruaru e Garanhuns (Pernambuco); Campina Grande (Paraíba); Itabaiana (Sergipe) e Arapiraca (Alagoas). No Agreste, predominam as pequenas e médias propriedades, nas quais se produz vários produtos (policultura), que dependem essencialmente do regime de chuvas, que são irregulares na região, embora tenha um índice pluviométrico maior do que o do Sertão.
A Caatinga é o único bioma exclusivamente brasileiro, com uma área aproximada de 82 milhões de hectares, ocupa 11% do país. É o principal ecossistema/bioma da região nordeste, mas também está presente nas regiões extremo norte de Minas Gerais e sul dos estados do Maranhão e Piauí. Recebe diversos nomes, tais como: agreste, sertão, cariri, seridó, carrasco, entre outros.
Esse ecossistema é muito importante do ponto de vista biológico por apresentar fauna e flora únicas, formada por uma vasta biodiversidade, rica em recursos genéticos e de vegetação constituída por espécies, lenhosas, herbáceas, cactáceas e bromeliáceas. Possui 932 espécies de plantas, 148 de mamíferos e 510 de aves, por exemplo, sendo que muitas destas espécies ocorrem somente na caatinga.
O clima varia na região, desde o super-úmido até o semi-árido (pluviosidade entre 300-500 mm/ano), com chuvas restritas a uns poucos meses durante o ano.
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