Sustentabilidade transformando a cara do semi-árido nordestino, Projeto Agrovila Nova Esperança.
Infelizmente não foi à tempo, mas o grande articulador Celso Furtado, o principal expoente do estruturalismo econômico e do desenvolvimentismo no Brasil não pôde ver.
Devemos a ele a negação da chamada "política hidráulica", que sempre dirigiram o pensamento e as
ações governamentais no plano do combate à seca.
Celso
Furtado, sempre declarou a necessidade de conceber a seca como um fenômeno
natural, próprio da região do semi-árido, para então constituir uma
política que combata sobretudo os agravantes sócio-econômicos da
seca, tais quais o latifúndio monocultor e a estrutura econômica não
condizente com o clima regional.
Assim podemos assistir uma verdadeira mudança no etos governamental e
o Agrovila Nova Esperança é um exemplo do que estamos falando. Uma associação comunitária em Ouricuri, no semi-árido pernambucano, que vem
recebendo apoio (por meio de recursos do gov. federal, MDA, MDS, outros)
da ONG Caatinga para alavancar os processos agroecoecológicos.
Há
um tempo atrás foram desenvolvidas açoes de acompanhamento dos Projetos do Caatinga, na busca a
sustentabilidade socioambiental, cultural.
Toda
a produção da Agrovila Nova Esperança, é feita de forma limpa e sustentável, sem uso de veneno e
queimadas, com boa gestão da água e respeito ao meio ambiente. Baseada
nessas práticas, a comunidade comprova que mesmo em períodos de estiagem
é possível produzir alimentos no semiárido.
Para o Coordenador do Programa de Incidência Política do Caatinga,
Márcio Moura, esta iniciativa é possível graças às tecnologias de
armazenamento de água como as cisternas de placas.
“Essa feira simboliza
que mesmo num período crítico de água como o atual, as famílias que tem
a capacidade hídrica ampliada fazem o diferencial no nosso semiárido.
Isso prova que a agroecologia é o caminho para a sustentabilidade dos
sistemas familiares”, salienta.
Além de verduras, frutas e mel, na amostra serão comercializados
lanches e artesanato.
Durante a programação que se estende durante todo o
domingo, às 15h haverão apresentações artísticas e culturais.
Esta matéria mostra como famílias agricultoras do semiárido pernambucano
conseguem conviver com a estiagem através do armazenamento de água e
preservação da caatinga. Os exemplos são dados por agricultores e
agricultoras da Agrovila Nova Esperança, Ouricuri-PE, que recebem
assistência técnica da Ong Caatinga.
https://youtu.be/smKJNCmquSI
Leia tambem
Agroecología - Poner la soberanía alimentaria en práctica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário