Devemos a ele a negação da chamada "política hidráulica", que sempre dirigiram o pensamento e as ações governamentais no plano do combate à seca.
Celso Furtado, sempre declarou a necessidade de conceber a seca como um fenômeno natural, próprio da região do semi-árido, para então constituir uma política que combata sobretudo os agravantes sócio-econômicos da seca, tais quais o latifúndio monocultor e a estrutura econômica não condizente com o clima regional.
Assim podemos assistir uma verdadeira mudança no etos governamental e o Agrovila Nova Esperança é um exemplo do que estamos falando. Uma associação comunitária em Ouricuri, no semi-árido pernambucano, que vem recebendo apoio (por meio de recursos do gov. federal, MDA, MDS, outros) da ONG Caatinga para alavancar os processos agroecoecológicos.
Há um tempo atrás foram desenvolvidas açoes de acompanhamento dos Projetos do Caatinga, na busca a sustentabilidade socioambiental, cultural.
Toda a produção da Agrovila Nova Esperança, é feita de forma limpa e sustentável, sem uso de veneno e queimadas, com boa gestão da água e respeito ao meio ambiente. Baseada nessas práticas, a comunidade comprova que mesmo em períodos de estiagem é possível produzir alimentos no semiárido.
Para o Coordenador do Programa de Incidência Política do Caatinga, Márcio Moura, esta iniciativa é possível graças às tecnologias de armazenamento de água como as cisternas de placas.
“Essa feira simboliza que mesmo num período crítico de água como o atual, as famílias que tem a capacidade hídrica ampliada fazem o diferencial no nosso semiárido. Isso prova que a agroecologia é o caminho para a sustentabilidade dos sistemas familiares”, salienta.
Além de verduras, frutas e mel, na amostra serão comercializados lanches e artesanato.
Durante a programação que se estende durante todo o domingo, às 15h haverão apresentações artísticas e culturais.
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