sexta-feira, 24 de abril de 2015

Arroz orgânico produzido em assentamento gera renda para cerca de 60 famílias do município de Nova Santa Rita, em Capela no Rio Grande do Sul

Mais de 20 mil sacas são produzidas pelos assentados da reforma agrária a cada safra. O arroz é vendido para os programas Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e de Aquisição de Alimentos (PAA). Além de ser comercializada por lojas especializadas em orgânicos e por supermercados no
Rio Grande do Sul, São Paulo, Brasília e outras localidades.

Cerca de 60 famílias, que vivem no Assentamento Capela, no munícipio de Nova Santa Rita, no Rio Grande do Sul, conquistaram mais qualidade de vida e renda com a produção de arroz orgânico. 
O assentamento da reforma agrária proporciona a infraestrutura que as famílias precisam para produzir. Lá, elas, ainda, contam com espaços que asseguram a integração e o bem estar da comunidade.
As famílias fazem parte da Cooperativa de Produção Agropecuária Nova Santa Rita (Coopan) e produzem, por safra, mais de 20 mil sacas de arroz orgânico, além de criarem suínos e produzirem leite. 

O arroz é o principal produto comercializado, e a produção é 100% orgânica. “A gente tinha na cabeça que queria produzir um alimento saudável, aí começamos a buscar maneiras de produzir o arroz orgânico. Trocamos experiências com outros assentamentos e, hoje, conseguimos dominar a técnica de cultivo”, explica o agricultor familiar e diretor da Coopan, Airton Rubenich.
Desde o preparo do solo para o plantio até o momento de comercialização, o arroz passa por diversas etapas. Tudo é planejado com antecedência para que haja um manejo adequado e que as próximas safras também sejam garantidas. Parte da produção é vendida para mercados locais especializados em orgânicos e para supermercados de grandes cidades, como São Paulo e Brasília.

Para ampliar a comercialização e aumentar a renda, a cooperativa contou com o auxílio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). Segundo o diretor da Coopan, as medidas auxiliaram também na logística da comercialização. “Esses programas nos ajudaram a desenvolver e a melhorar a produção. Assim, a gente consegue fechar o ciclo completo. A gente produz no campo e consegue entregar o produto”, garante. 
Infraestrutura
O assentamento conta com uma sede administrativa e uma creche, que acolhe os filhos das agricultoras e agricultores, enquanto os pais trabalham na produção de arroz. Tem também uma cozinha comunitária e um refeitório. Lá, é servido o almoço para todas as famílias. Nos fins de semana, o local dá lugar às festividades da comunidade. 
A construção de uma quadra poliesportiva já está em andamento. 


A expectativa é gerar mais renda e manter os jovens no campo, de acordo com o agricultor e diretor da Coopan, Airton Rubenich. Para isso, os produtores estão investindo na construção de novas casas para os jovens do assentamento, que já constituíram famílias. “Queremos oferecer moradia, renda e qualificação para esses jovens. Estamos apostando neles para aprimorar o conhecimento e superar os desafios”, afirma. 
Aline Dias
Ascom/MDA

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